No seu discurso no debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (19), em Nova York, o presidente americano, Joe Biden, fez um discurso na linha do seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ao pregar mudanças no Conselho de Segurança da ONU.
Desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado, a Rússia tem usado seu poder de veto como membro permanente do colegiado para derrubar resoluções condenando a guerra iniciada por Moscou.
“Precisamos ser capazes de quebrar o impasse que muitas vezes impede o progresso e bloqueia o consenso no conselho. Precisamos de mais vozes, mais perspectivas à mesa. As Nações Unidas devem continuar a preservar a paz, prevenir conflitos e aliviar o sofrimento humano. E acolhemos as nações que se esforçam para liderar novas formas de procurar novos avanços em questões difíceis”, afirmou Biden.
Grande parte do discurso do presidente democrata foi dedicado à guerra na Ucrânia, país que tem os Estados Unidos como principal fornecedor de ajuda militar, financeira e humanitária desde o início do conflito.
“Se permitirmos que a Ucrânia seja dividida, a independência de qualquer nação estará segura? Eu respeitosamente sugiro que a resposta seja não. Temos que enfrentar esta agressão flagrante hoje e dissuadir outros possíveis agressores amanhã”, disse Biden.
“Pelo segundo ano consecutivo, este encontro, dedicado à resolução pacífica de conflitos, é ofuscado pela sombra da guerra. Uma guerra de conquista ilegal levada a cabo sem provocação contra a sua vizinha Ucrânia”, afirmou o presidente americano.
“Só a Rússia é responsável por esta guerra. Só a Rússia tem o poder de acabar imediatamente com esta guerra. E é só a Rússia que impede a paz”, acrescentou.
O discurso no qual Biden reiterou apoio à Ucrânia foi proferido num momento em que o presidente tenta aprovar no Congresso americano um pacote adicional de US$ 24 bilhões em ajuda ao país invadido.
Os democratas esperam que essa ajuda seja aprovada juntamente com recursos emergenciais que precisam do sinal verde do Legislativo até o fim deste mês para que não ocorra uma paralisação do governo americano. Entretanto, parte da oposição republicana na Câmara, alegando preocupação com o excesso de gastos, se opõe à medida.
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