Ditador disse querer volta dos opositores à política venezuelana, mas os chamou de “extremistas”| Foto: EFE/EPA/EDUARDO MUNOZ
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Em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta quarta-feira (22), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o bloqueio de ativos venezuelanos no exterior, medida adotada por Estados Unidos e aliados como forma de pressionar pela volta da democracia e por eleições justas no país.

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“A Venezuela denuncia uma campanha feroz, uma agressão permanente e sistemática por meio de sanções econômicas, financeiras, petrolíferas e cruéis; por meio de uma perseguição ao direito à liberdade econômica de que todos os povos do mundo deveriam gozar”, afirmou Maduro, em mensagem gravada.

“É uma perseguição financeira, monetária, comercial, econômica, enérgica, sistemática, cruel e criminosa. A Venezuela levanta a voz para denunciá-la aos povos do mundo”, apontou.

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O ditador relatou que uma mesa de diálogo realizada na Cidade do México em agosto, com participação de representantes dos setores empresarial, social e sindical e membros da oposição, teve o objetivo de iniciar uma pacificação da vida política na Venezuela. Entretanto, o próprio Maduro demonstrou resistência a esse diálogo, ao chamar seus opositores de “extremistas” no discurso na ONU e reavivar velhas acusações.

“Há um processo de diálogo muito importante, que visa que os setores mais importantes e extremistas da oposição, que buscavam um golpe na Venezuela e promoveram uma invasão estrangeira de nossas terras, que prepararam planos para me assassinar, (para) que esses setores extremistas voltem à política, à Constituição e ao caminho eleitoral”, afirmou.