Ouça este conteúdo
O primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, falou nesta segunda-feira (19) à Assembleia Geral da ONU, cuja 77ª sessão foi aberta na semana passada, e assegurou que é um espaço “usado para atacar” alguns países.
“Eles sempre vão com tantas expectativas e assinam tantas coisas e chegam a tantos acordos que nenhum é cumprido. Eles usam para atacar países, para tentar violar a soberania”, disse o deputado venezuelano durante entrevista coletiva.
O número dois da ditadura chavista argumentou que a ONU não é uma organização independente, mas que a Venezuela permanecerá nesse espaço levando sua “verdade” e a voz “do povo livre”.
“É uma organização que obedece fundamentalmente às instruções, às ordens que lhe são dadas pelos Estados Unidos, é triste dizer, mas é assim”, disse Cabello.
Nesse sentido, alegou que a Venezuela não permitirá a interferência de nenhum outro país ou organização em seus assuntos internos e pediu que a ONU use este encontro mundial que está realizando para “construir a paz”.
Em outro tema, o parlamentar criticou o fato da Venezuela constar de uma lista dos Estados Unidos, na qual se referem a países de trânsito e produção de drogas, divulgada na semana passada, e argumentou que no país há “uma luta até a morte contra os cartéis de drogas”.
Na última quinta-feira, a Casa Branca publicou um memorando do presidente dos EUA, Joe Biden, no qual ele identifica a Venezuela, juntamente com outras 21 nações, na lista principal do trânsito e produção de drogas ilícitas para 2023.
A ditadura venezuelana rejeitou este memorando através de uma declaração em que alegou “fiel cumprimento dos compromissos internacionais do governo bolivariano, cujo teor para enfrentar a luta permanente contra o tráfico ilícito de drogas tem estado sob os fundamentos das Nações Unidas”.