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Conselho de Segurança

Na ONU, Palestina insta Israel a parar violência e abordar “raízes” do conflito

O embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour. (Foto: UN Photo/Ryan Brown/Divulgação página da Missão permanente do Estado da Palestina na ONU.)

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O embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, instou neste domingo (8) Israel a parar a violência em Gaza e abordar "as raízes" do conflito que se transformou em uma nova guerra após os ataques do Hamas contra o território israelense, os quais não mencionou nem condenou. Em declarações à imprensa antes da reunião do Conselho de Segurança, Mansour criticou a comunidade internacional por só prestar atenção "quando são mortos israelenses" e ignorar as denúncias dos palestinos sobre o bloqueio e os ataques de Israel a Gaza, ano após ano.

"Escolhemos a via pacífica para conquistar os nossos direitos, mas Israel continuou usando a força bruta contra as vidas e os direitos dos palestinos. Israel não pode desencadear uma guerra em grande escala contra uma nação, o seu povo, a sua terra e os seus templos e esperar que haja paz: tem de atacar a raiz do conflito", afirmou.

"Israel continua a afirmar que o bloqueio e os repetidos ataques a Gaza buscam destruir as capacidades militares do Hamas, mas tudo o que consegue é infligir um sofrimento terrível a toda uma população civil. Está na hora tempo de acabar imediatamente com a violência e o derramamento de sangue. Hora de acabar com o bloqueio e abrir uma via política", acrescentou.

Antes da reunião do Conselho de Segurança, Mansour reconheceu o forte apoio da comunidade internacional a Israel e à sua autodefesa, mas defendeu que, ao mesmo tempo, "a sua agenda colonialista e racista" contra os palestinos estava sendo ignorada, pedindo para que "não se perca de vista o panorama geral" do conflito.

"Todos os que estão na sala atrás de mim concordam em finalizar o jogo. Israel espera e exige apoio político e militar enquanto promove objetivos que são fundamentalmente contrários à legitimidade e ao consenso internacional", disse. "Não se pode dizer: 'Nada justifica a morte de israelenses' e depois justificar a morte de palestinos. Não somos sub-humanos, repito, não somos sub-humanos", disse Mansour, que afirmou que entre os cerca de 400 mortos registrados em Gaza há famílias inteiras e crianças.

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