O embaixador da Ucrânia na ONU, Yuriy Sergeyev, denunciou nesta sexta-feira que as milícias pró-Rússia praticaram várias violações contra a trégua vigente no país, e pôs em dúvida a vontade de Moscou e dos rebeldes de manter o acordo de paz assinado em Minsk.
Segundo Sergeyev, "as forças russas e os terroristas quebraram o cessar-fogo com mais de cem bombardeios contra o exército ucraniano e civis desde que a trégua começou", no último dia 5.
Nesses ataques morreram pelo menos cinco soldados e "dúzias" de militares ficaram feridos. As baixas civis ainda estão sendo contabilizadas, afirmou o embaixador em entrevista coletiva na sede da ONU.
Além disso, o diplomata de Kiev assegurou que a Rússia continua fornecendo homens e equipamentos militares às milícias separatistas através de vários pontos da fronteira, e denunciou que a trégua está sendo usada para reforçar posições e movimentar tropas.
Sergeyev ressaltou que Moscou também "continua concentrando forças na fronteira" e "reorganizando suas tropas no norte da Crimeia", uma península anexada à Rússia em março.
Todas as ações, criticou Sergeyev, mostram uma "óbvia reticência da Rússia e suas marionetes para entrar no âmbito da lei internacional e encontrar uma fórmula para coexistir pacificamente com a Ucrânia".
O embaixador ucraniano defendeu que seu governo respeitou todos os itens acertados em Minsk.
Perguntado pelas novas sanções contra a Rússia aprovadas por União Europeia e Estados Unidos, Sergeyev disse confiar que as medidas sejam capazes de fazer a Rússia recuar e dialogar.
No entanto, o embaixador lembrou que o governo russo não reagiu aos bloqueios econômicos anteriores, embora tenha destacado que, neste caso, as sanções podem ser mais efetivas porque afetam, por exemplo, os bancos.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais