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Assembleia Geral

Na ONU, Xi Jinping prega que China quer “diálogo” e alfineta Estados Unidos

Ditador chinês participou da assembleia com um discurso pré-gravado (Foto: EFE/EPA/Mary Altaffer)

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Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ditador da China, Xi Jinping, afirmou nesta terça-feira (21) que as disputas entre os países “precisam ser tratadas por meio do diálogo e da cooperação” e fez uma crítica indireta aos Estados Unidos.

“Episódios recentes mostram que a intervenção militar de fora e a chamada transformação democrática não acarretam em nada além de danos”, disse Xi Jinping, sem mencionar diretamente a maior economia do mundo, mas numa declaração que foi percebida como uma referência à intervenção americana no Afeganistão e à recente retirada do país asiático.

O ditador chinês participou da assembleia com um discurso pré-gravado. “O sucesso de um país não significa necessariamente o fracasso de outro. O mundo é grande o suficiente para acomodar o desenvolvimento e o progresso comuns de todos os países”, apontou. “Precisamos buscar o diálogo e a inclusão ao invés do confronto e da exclusão.”

Mais cedo, o presidente americano, Joe Biden, havia afirmado em seu discurso que os Estados Unidos não estavam buscando “uma nova Guerra Fria” e que sua presidência representará uma nova era de “diplomacia imparável”. Entretanto, acrescentou que os americanos estão dispostos a “defender aliados e amigos e se opor a tentativas de países mais fortes de dominar os mais fracos”, numa alfinetada direcionada aos chineses.

As indiretas vêm num momento de escalada da tensão entre os dois países: na semana passada, o anúncio do acordo militar Aukus, envolvendo Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, foi considerado uma resposta às políticas da China na região do Indo-Pacífico.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse na ocasião que o Aukus “prejudica seriamente a paz e a estabilidade regionais, intensificando a corrida armamentista e prejudicando os esforços internacionais de não proliferação nuclear” e que Estados Unidos, Reino Unido e Austrália “deveriam abandonar a obsoleta mentalidade de ‘soma zero’ da Guerra Fria”.

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