O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante um comício no Aeroporto Regional de Pittsburgh-Butler em Butler, Pensilvânia, em 31 de outubro de 2020.| Foto: MANDEL NGAN / AFP
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A três dias da eleição americana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realiza quatro comícios na Pensilvânia neste sábado (31), estado que venceu por margem de 1% em 2016 e pretende conquistar de novo. Nos discursos, Trump minimizou a pandemia de Covid-19 e zombou da forma como o candidato Joe Biden trata a crise sanitária que já deixou 229 mil mortos no país.

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“Eu assisti Joe Biden falar ontem. Ele só fala de covid, covid, não tem mais nada a dizer", afirmou o presidente em um pequeno comício em Newton, na Pensilvânia. "Fizemos um trabalho incrível. Em algum momento, eles (os democratas) vão reconhecer isso", continuou. "Fizemos um trabalho (nota) A+. Eu nos atribuo um D, ou talvez um F, em termos de relações públicas."

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Trump disse também que a eleição pode não ser decidida na terça-feira, dia 3. "Você vai ter que ficar esperando por semanas", afirmou Trump, afirmando que "coisas muito ruins" podem acontecer enquanto Estados contam as urnas. "Acho que é muito provável que não haja uma decisão porque a Pensilvânia é muito grande. Vamos ter que ficar esperando. E teremos confusão no nosso país".

A campanha do republicano procurou evitar que a Pensilvânia e outros estados estendam o tempo que têm permissão para contar as cédulas de correio, que têm sido usadas devido a preocupações com o voto pessoal durante a pandemia. Ao menos 90 milhões de americanos já votaram de maneira antecipada, o que representa 65% do total de eleitores de 2016.

Na sexta-feira, a Suprema Corte decidiu que os funcionários da Pensilvânia podem aceitar cédulas de ausentes por três dias após a terça-feira. “É uma coisa horrível que a Suprema Corte dos Estados Unidos fez ao nosso país”, disse Trump.

Trump voltou a minimizar as preocupações com o vírus, mesmo com o país tendo mais de 90 mil novos casos na sexta-feira e afirmou sem evidências, que uma vacina para "acabar com a pandemia de uma vez por todas" estará pronta em semanas.

O presidente americano também manifestou confiança em uma vitória ao dizer que uma grande onda vermelha está se formando. "Tão certo como estamos aqui juntos, é aquela onda vermelha se formando. Eles veem isso por todos os lados e não há nada que possam fazer a respeito", afirmou, destacando que essa eleição é uma "encruzilhada para a nação".

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Há quatro anos, Trump venceu na Pensilvânia, que tem 20 delegados no Colégio Eleitoral, por menos de 45 mil votos. Ele pretende fortalecer sua imagem com eleitores brancos, da classe trabalhadora e da zona rural que o apoiaram contra Hillary Clinton em 2016. Além de Newton, ele fará eventos em Reading, Butler e Montoursville.

O presidente americano está atrás de Joe Biden nas principais pesquisas. O democratas exploraram a maneira como o governo lidou com a pandemia que matou quase 229 mil pessoas nos Estados Unidos. Segundo pesquisas da Reuters/Ipsos, Biden tem vantagem de 5 pontos sobre Trump na Pensilvânia.

Em evento paralelo, primeira-dama ataca Joe Biden

Em um evento paralelo em Wisconsin, a primeira-dama Melania Trump defendeu o tratamento da pandemia de coronavírus realizado pelo presidente e criticou a forma como Biden trata a crise de saúde.

A primeira-dama disse que as palavras de Biden sobre a crise, de que os EUA vão para "um inverno escuro" devido à pandemia, não são afirmações de um líder e falou que o democrata quer que as pessoas se escondam de medo em seus porões ao invés de "trabalhar bravamente" para encontrar soluções.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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