Tropas sírias bombardearam cidades na região central do país hoje e pela primeira vez, em dois meses de revolta contra o presidente Bashar al-Assad, moradores armados com rifles automáticos e granadas propelidas por foguete demonstraram uma feroz resistência, informaram ativistas. Segundo meios de comunicação estatais, quatro soldados foram mortos.
A maioria da oposição ao autocrático presidente tem escolhido protestos pacíficos com manifestantes desarmados para demonstrar sua opinião, embora autoridades afirmem que o levante é liderado por gangues armadas e fomentado por conspiradores estrangeiros.
Dois ativistas da região disseram que moradores de Tabliseh e de Rastan, duas cidades que estão sob ataque na província central de Homs desde ontem, pegaram em armas contra as tropas do governo e forças de segurança e que há novas vítimas, embora não saibam quantas.
O Comitê de Coordenação Local na Síria, que ajuda a organizar e a documentar os protestos, disse que dois corpos foram encontrados nesta manhã na área do cemitério de Bab Amro, elevando o número de mortos em dois dias para 11.
"O Exército está enfrentando resistência armada e não é capaz de entrar nas duas cidades", disse um morador de Homs que tem várias conexões na província. "O Exército ainda está do lado de fora das cidades e recebi informações que veículos militares, incluindo veículos de transporte de tropas, foram queimados".
Outro ativista disse que o Exército "está enfrentando dura resistência" de moradores que usam rifles automáticos e granadas propelidas por foguete nas cidades. Segundo ele, muitas pessoas estão armadas na Síria, já que nos últimos anos armas foram contrabandeadas para o país do Líbano e do Iraque.
A Síria impede jornalistas estrangeiros de entrar no país e proíbe a cobertura da revolta, tornando quase impossível verificar de forma independente os fatos relatados. Mas as declarações dos dois ativistas foram os primeiros relatos confiáveis a respeito da resistência armada. Não está clara a abrangência dessa resistência no país, mas o governo afirma que mais de 150 soldados e policias foram mortos desde o início dos protestos.
O uso do Exército por Assad sinaliza que ele está determinado a esmagar a revolta, que já dura dois meses, apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), que incluem o congelamento de bens e proibição de viagem à Europa para o presidente e nove integrantes de seu governo.
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