A violência registrada nesta quarta-feira (24), véspera de Natal, levanta questionamentos sobre a possibilidade de que Israel e o grupo radical palestino renovem um cessar-fogo.
Os grupos armados palestinos lançaram pelo menos 60 projéteis, entre foguetes e obuses, a partir da Faixa de de Gaza. As armas explodiram no sul de Israel desde a noite de terça-feira até esta quarta-feira.
Apesar de não ter havido vítimas, a Estrela de Davi Vermelha enviou um alarme vermelho em toda a região perto da fronteira com a Faixa de Gaza.
Um dos projéteis atingiu um parquinho infantil e outro caiu sobre um kibutz, Sha'ar Hanegev, causando estragos, segundo o jornal israelense "Haaretz". Um terceiro ainda chegou perto de Ashkelon.
Há um aviso, principalmente na cidade de Sderot, para que as pessoas não deixem suas casas até que a situação esteja estável. A recomendação é também para as crianças, para que elas fiquem dentro dos abrigos todas as vezes que o alerta for dado.
Os ataques de terça e quarta aconteceram ao fim de uma trégua de 24 horas decretada pelo Hamas, que desde junho de 2007 controla a Faixa de Gaza, e outros grupos armados palestinos, que tinha como objetivo permitir a passagem de ajuda humanitária do Egito para o território palestino.
As brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, reivindicaram em um comunicado os lançamentos de 21 foguetes e obuses contra três cidades do sul de Israel "para vingar a morte de três combatentes" na véspera em uma troca de tiros com soldados israelenses.
De acordo com fontes militares de Israel, os três membros do Hamas foram mortos quando colocavam explosivos a 50 metros da fronteira, perto da passagem de Erez.
A Jihad Islâmica reivindicou os disparos de sete foguetes.
O vice-ministro da Defesa de Israel, Matan Vilani, advertiu que os ataques eram intoleráveis. "Vamos tomar as medidas necessárias para impedi-los".
De acordo com um porta-voz do Exército israelense, nove obuses de morteiro e sete foguetes disparados por grupos armados palestinos atingiram o território do país, sem provocar vítimas.
O Exército de Israel decidiu manter fechados os pontos de passagem para Gaza e impedir a entrada de ajuda humanitária, depois que os foguetes foram lançados contra o sul de seu território.
"Em conseqüência do lançamento de obuses de morteiro e foguetes, os pontos de passagem permanecerão fechados nesta quarta-feira", declarou à AFP o comandante Peter Lernes, porta-voz das atividades israelenses nos territórios palestinos.
Israel anunciara na véspera a intenção de liberar as passagens de Kerem Shalom e de Karni para permitir a entrada de ajuda humanitária procedente do Egito.
A chanceler israelense, Tzipi Livni, viajará na quinta-feira ao Cairo para debater com o presidente egípcio Hosni Mubarak a possibilidade de renovar a trégua.
O gabinete de segurança de Israel também se reunirá para discutir a situação em Gaza e os meios jurídicos para bloquear as transferências de fundos destinadas às organizações palestinas consideradas "terroristas" por Israel.
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