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Os nacionalistas sérvios e muçulmanos são os grandes vencedores das eleições gerais da Bósnia, realizadas no domingo, o que deve levar a um bloqueio do processo de reformas para que esta república dos Balcãs se aproxime da União Européia.

A Comissão Eleitoral da Bósnia confirmou na noite de segunda-feira em Sarajevo a vitórias dos partidos nacionalistas muçulmanos e sérvios, que estão em total desacordo sobre como levar adiante o país.

O bósnio sérvio Nebojsa Radmanovic ocupará a cadeira reservada para sua etnia na presidência colegiada, enquanto que Haris Silajdzic representará os bósnios muçulmanos, o maior grupo étnico do país com 48% dos 4,4 milhões de bósnios.

Radmanovci conquistou 54% dos votos dos sérvios, enquanto Silajdzic recebeu o apoio de 60,10% dos eleitores do presidente muçulmano.

Enquanto a União de Social-Democratas Independentes (SNSD) de Radmanovi defende a autonomia da República Sérvia da Bósnia, o Partido para Bósnia-Herzegovina (SBiH), de Silajdzic, quer formar um estado bósnio unificado.

Os sérvios temem continuidade de sua autonomia, criada pelo Acordo de Dayton, que em 1995 pôs fim ao pior conflito bélico da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com cerca de 200 mil mortos.

Somente o novo co-presidente croata, o social-democrata Zeljko Komsic, eleito com 40,83% dos votos, não tem uma trajetória nacionalista, mas descarta que possa mediar as diferenças entres os blocos nacionalistas. O próprio Kosmic se encontrará pressionado por nacionalistas croatas, que lamentam que o candidato do partido multiétnico tenha sido votado por muitos muçulmanos e sérvios.

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