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Avanço

Nações africanas aumentam gastos agrícolas e reduzem pobreza, diz estudo

O presidente dos EUA, Barack Obama, recebe esta semana os líderes de quatro países africanos que são citados em um novo estudo como tendo efetivamente aumentado os gastos com agricultura para combater a pobreza extrema e a fome.

O relatório da campanha ONE, um grupo antipobreza cofundado pelos roqueiros irlandeses Bono e Bob Geldof, disse que Senegal, Malaui, Cabo Verde e Serra Leoa cumpriram ou estavam perto de cumprir as metas para os gastos de verbas na agricultura.

Todos os países, exceto Cabo Verde, onde há poucos dados, também estão na faixa ou perto de atingir a meta da ONU de reduzir pela metade a pobreza extrema até 2015, disse o relatório.

Os líderes africanos vão visitar a Casa Branca na quinta-feira para mostrar suas jovens democracias, mas também o seu potencial em uma região onde fortes políticas econômicas estão atraindo um maior investimento.

Um relatório recente do Banco Mundial disse que o setor agrícola de África poderia se tornar uma indústria de 1 trilhão de dólares até 2030, se os agricultores modernizarem suas práticas e tiverem um melhor acesso a financiamento, novas tecnologias, irrigação e fertilizantes.

"Apesar da melhoria recorde em alguns países africanos, a África em geral ainda está longe de realizar seu potencial agrícola", disse o relatório da ONE, que avaliou os progressos em 19 países africanos e dos doadores que enviam ajuda.

"Para os governos africanos, doadores e o setor privado também, 2013 é o ano para cumprir esses blocos de construção que impactam a agricultura e expandem as oportunidades econômicas para os agricultores", disse o relatório.

Este ano marca uma década desde que os governos africanos se comprometeram a alocar 10 por cento dos gastos nacionais para aumentar a produção agrícola, revertendo décadas de baixo investimento no setor. Os chamados compromissos de Maputo expiram este ano, dando aos líderes mundiais a oportunidade de estabelecer um plano novo e ousado, com metas, disse o relatório.

De acordo com uma análise da ONE, pelo menos quatro dos 19 países africanos analisados ​​--Etiópia, Cabo Verde, Malaui e Níger-- cumpriram ou ultrapassaram a meta de 10 por cento das despesas totais na agricultura. Senegal e Serra Leoa estão perto do alvo.

Enquanto isso, os retardatários são Nigéria, Libéria e Gana, que gastam menos de 2 por cento de seus orçamentos em agricultura.

O relatório também pediu que os países mais industrializados do mundo --Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Canadá, Japão, Alemanha e Rússia-- façam valer as várias promessas de financiamento para ajudar as nações africanas a aumentarem a produção agrícola.

O G8, que se reúne em junho deste ano, tem repetidamente prometido apoiar iniciativas lideradas pela África, mas os planos de investimento do G8 na agricultura só garantiram cerca de metade do financiamento necessário, e muitos doadores contribuem apenas com uma pequena fração de sua ajuda agrícola a países pobres, disse o relatório.

O relatório mostra que as instituições da União Europeia, Canadá e Alemanha aumentaram sua quota de ajuda externa à agricultura, enquanto Grã-Bretanha, Japão e França reduziram as suas.

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