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Aviação

Não havia brasileiros a bordo do bimotor que caiu no Chile, diz consulado brasileiro

Atualizado em 25/11/06, às 18h55

O avião com seis pessoas a bordo que caiu na tarde de sexta-feira (24) na região chilena de Coyhaique, no sul do país, sem deixar sobreviventes, levava quatro passageiros portugueses e dois chilenos. A informação foi confirmada neste sábado pelo cônsul-adjunto do Brasil em Santiago, Sérgio Couto, que chegou a ser deslocado para uma cidade próxima do local do acidente porque acreditava-se que as vítimas poderiam ser brasileiras.

"Já estou voltando [para Santiago] porque um policial que esteve no local do acidente me confirmou que os quatro passaportes encontrados eram de cidadãos portugueses", disse Couto.

As agências de notícia Efe e France Presse afirmaram na sexta-feira (24) que cinco brasileiros estavam entre os passageiros mortos, de acordo com informação divulgada pela governadora de Aysén, Viviana Betancourt. Os nomes das vítimas foram divulgadas na sexta-feira pela Transporte Aéreo San Rafael. Além de Stone e Poblete, estavam no avião Claudio Magalea, Andy Romareiros, Mario José Movarios e César Oliveira.

Segundo o responsável pelo aeródromo de Coyhaique, Pablo Barrera, que se comunicou por rádio com as equipes de resgate, os dois passaportes encontrados eram de cidadãos portugueses. Não foram encontrados os documentos dos outros dois falecidos.

Em entrevista à Globo News neste sábado, o embaixador brasileiro no Chile, Nei Sanchez, disse que nenhuma família ligou pedindo ajuda ao Itamaraty, aumentando as suspeitas de que os mortos não seriam brasileiros.

"Não sei de onde tiraram a informação que cinco brasileiros teriam morrido. Nós aqui não temos como saber as nacionalidades até as equipes de resgate voltarem do local com os documentos das vítimas", afirmou Barrera.

"Por isso nós sempre esperamos antes de divulgar uma informação desse tipo. E vamos continuamos esperando até que os corpos e os documentos cheguem aqui para passar a informação oficial para a imprensa", completou o chileno.

Vítimas portuguesas

Essa informação só começou a ser desmentida na manhã de sábado, quando o diretor do Diário de Notícias, de Portugal, Antônio José Teixeira, ligou para o embaixador português no Brasil e comunicou que uma de suas funcionárias estava no avião desaparecido.

Em entrevista ao G1, Albano Matos, que trabalha no Diário de Notícias, afirmou que foi feita uma espécie de "reconstituição" na empresa para saber quem estava na aeronave. Descobriu-se então que a jornalista Maria José Margarida havia ido ao Chile junto com dois amigos do Diário Record, um jornal de esportes, e mais uma pessoa, e que todos estavam no avião acidentado.

Neste sábado (25), a governadora de Aysen, Viviana Betancourt, admitiu à agência Reuters que o anúncio da nacionalidade das vítimas foi precipitado. Assumimos sem olhar outros dados que se tratava de turistas brasileiros, mas agora recuperamos dois conjuntos de documentos que nos indicam que os donos eram portugueses", disse Betancourt. "Isto nos faz assumir que, possivelmente, os outros turistas (estrangeiros) também sejam."

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