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Moradores saqueiam supermercado após terremoto | Jose Luis Saavedra/Reuters
Moradores saqueiam supermercado após terremoto| Foto: Jose Luis Saavedra/Reuters

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O leitor Daniel Isael, de 24 anos, natural de Fortaleza e vivendo há três anos e meio em Santiago contou neste domingo à Gazeta do Povo o que sentiu durante o terremoto de 8,8 graus de magnitude, que atingiu o Chile na madrugada de sábado (27). Mais de 400 pessoas morreram. "Não tinha como sair, era impossível se mexer. Continua tudo tremendo aqui", afirmou.

Isael afirmou que a cada 30 minutos pequenos tremores, as chamadas réplicas, são sentidos em Santiago. Ele trabalha como auditor de qualidade no Chile e não pensa em voltar para o Brasil por causa do terremoto.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista com a Gazeta do Povo. Envie também seu relato, fotos ou vídeo sobre o terremoto no Chile.

O Susto

"Estava no Centro de Santiago na casa de um amigo chileno. O apartamento dele fica no quarto andar. Eu estava dormindo no momento do terremoto, acordei bastante assustado. As coisas começaram a cair".

Paralisado na Cama

"Tentamos acender a luz, mas não tinha energia. Ficamos na cama, no escuro. Não tinha como sair, era impossível se mexer. Estava tremendo tudo e não tinha como ficar de pé. Só escutávamos as coisas caírem. Espelhos quebraram. Móveis caíram. As gavetas saíram voando".

Amanhecer na Rua

"Depois que parou de tremer, descemos correndo pelas escadas. Estava todo mundo nas ruas. Eu e meu amigo não nos machucamos, tivemos muita sorte porque tinha muito vidro no chão das escadas. Ficamos até as 7h da manhã na rua. Na rua, quando chegamos, tinha muita gente bêbada, que havia acabado de sair de boates e nem sabia o que estava acontecendo".

Rachaduras

"Ontem (sábado) à noite consegui ir até o meu apartamento, que fica no bairro Providência. Meu edifício está cheio de rachaduras e não tinha ninguém lá, nem o porteiro. Estava tudo apagado. O meu apartamento, no quarto andar, estava tudo revirado, mas não perdi nada de valor. Fui pegar o meu computador e alguns objetos pessoais. Voltei para a casa do meu amigo, não tem como ficar no meu edifício".

Novos Tremores

"Hoje (domingo) não tem ninguém nas ruas porque não tem o que fazer. As pessoas têm medo. A cada 30 minutos a terra volta a tremer. Parece que está tremendo o tempo inteiro. Os vidros ficam batendo. Mas esses são os tremores normais. Santiago sempre teve pequenos tremores. A cidade é bem preparada, por isso os danos foram menores. As pessoas sabem fazer quando acontece um terremoto."

Comida e Comunicações

"Não temos problemas com comida aqui no Centro de Santiago. Os supermercados abriram, mas nos bairros mais pobres parece que está faltando comida. Hoje (domingo) a Internet está funcionando normalmente e os telefones também. A energia já voltou a 80% da cidade e alguns pontos específicos ainda estão sem água. Hoje (28) uma parte do metrô voltou a funcionar".

Família

"Consegui falar com meus pais pela manhã de sábado. Eles nem sabiam do terremoto. Hoje eu e meu amigo acordamos com um novo tremor, muito forte, de 6 graus de magnitude."

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