Naomi Campbell participa de um evento beneficente em Londres, em fevereiro. A modelo britânica foi autorizada a receber ajuda extra da parte de um advogado durante seu depoimento em um julgamento sobre crimes de guerra em Serra Leoa. Os fotógrafos não terão autorização para fazer imagens dela| Foto: REUTERS/Suzanne Plunkett

A modelo britânica Naomi Campbell foi autorizada a receber ajuda extra da parte de um advogado durante seu depoimento em um julgamento sobre crimes de guerra em Serra Leoa. Os fotógrafos não terão autorização para fazer imagens dela.Os promotores querem que Campbell preste depoimento em um julgamento em Haia sobre crimes de guerra para esclarecer algumas declarações de testemunhas segundo as quais ela ganhou um ou mais "diamantes de sangue" do ex-presidente da Libéria Charles Taylor. Os chamados "diamantes de sangue" são os diamantes explorados em zonas de guerra.

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Os advogados de Campbell entraram na semana passada com um pedido na Corte Especial para Serra Leoa por proteção, solicitando que o tribunal tome medidas a fim de garantir privacidade e segurança à modelo quando ela testemunhar na quinta-feira.

A corte determinou na terça-feira que era interesse da Justiça garantir ao advogado de Campbell direito limitado de intervir ou de permitir ou não questões a Campbell, caso ela possa se incriminar ao respondê-las.

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Na decisão, a corte também afirmou que havia "bases legítimas de preocupação" para a segurança de Campbell em razão do escrutínio extremamente intenso da mídia sobre a participação dela.

Decidiu-se que sejam tomadas medidas de forma que "nenhuma pessoa fotografe ou grave a sra. Campbell ao entrar no prédio do tribunal, ao sair do prédio do tribunal, ou enquanto ela estiver dentro do prédio do tribunal sem a autorização da câmara do julgamento ou da sra. Campbell".

Taylor é acusado de levar os diamantes à África do Sul para comprar armas, o que ele nega. Em janeiro, promotores afirmaram que durante uma visita à África do Sul em 1997, Taylor deu a Campbell um grande diamante após um jantar oferecido por Nelson Mandela.

Taylor nega todas as 11 acusações que pesam contra ele, entre elas a de instigação ao homicídio, estupro, mutilação, escravidão sexual e recrutamento de soldados crianças durante as guerras na Libéria e em Serra Leoa, nas quais mais de 250 mil pessoas morreram.

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