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Eleições

Napolitano já trabalha para conseguir formar o Governo da Itália

Giorgio Napolitano, reeleito presidente da República italiana com 87 anos, já trabalha no modelo de Governo que proporá a partir de terça-feira aos partidos políticos e romper assim com a paralisia na qual se encontra imerso o país após as eleições de fevereiro.

Napolitano foi reeleito no sábado durante a sexta votação com 739 votos, 75% das preferências do Parlamento, e depois que os partidos pedissem que se mantivesse à frente do país pela dificuldade de escolher outro candidato.

Após ser eleito, o primeiro presidente da história italiana a repetir o mandato, advertiu as forças políticas de que na segunda-feira, durante seu juramento no Parlamento, comunicará "quais são os termos" pelos quais aceitou o pedido das forças políticas para voltar a participar de eleições.

Com esta advertência, já na terça-feira começará uma nova rodada de consultas para mostrar aos partidos políticos seu plano para sair da crise institucional na qual se encontra o país, que desde as eleições de 24 e 25 de fevereiro não consegue formar um Governo, já que nenhum partido tem a maioria para receber a posse no Senado.

Os líderes dos principais partidos que durante a manhã de ontem se reuníram com Napolitano para pedir que aceitasse sua reeleição, afirmaram que neste encontro não se falou de Governo.

No entanto, os meios de comunicação afirmam que Napolitano teria posto como condição para ser reeleito que terminassem todos os vetos que até agora foram impostos pelos partidos e começassem a colaborar para criar um Executivo.

Nestes dois últimos meses, o presidente fracassou em sua tentativa de buscar soluções para formar um Governo perante as posturas irreconciliáveis dos partidos, mas agora as coisas mudaram.

Napolitano, que tinha reiterado em várias ocasiões que nada nem ninguém faria com que mudasse de ideia sobre sua reeleição, tem duas novas "armas" em seu poder para convencer os partidos: uma a possibilidade de dissolver o Parlamento (que não podia nos últimos meses do mandato) e a outra de ameaçar com sua renúncia.

Durante hoje e amanhã, Napolitano estudará as possíveis combinações que podem convencer as forças políticas, mas os meios de comunicação apontam que se tratará de um Governo político e não tecnocrata como o de Mario Monti.

Segundo esta hipótese, elegerá uma figura de grande calibre para ser presidente do Governo e o principal candidato é o veterano e ex-primeiro-ministro Giuliano Amato e dois vice-presidentes: Enrico Letta, do Partido Democrata (PD) e Angelino Alfano, do Povo da Liberdade (PDL).

Outra opção seria um Governo com Enrico Letta, braço direito até agora de Bersani, e Alfano, o aliado de Berlusconi como vice-presidente.

Mas além disso, Napolitano também tem nas mãos, embora não será seu dever, a possível lista de ministros, pois cada partido político que passe pelo Quirinale (a sede da República) na rodada de consultas avançará suas pretensões de conseguir uma ou outra pasta.

O PD, virtual ganhador das eleições, sempre foi oposto a um Governo de coalizão, mas agora que se encontra completamente no caos, já que o líder, Pier Luigi Bersani, renunciou.

O mais satisfeito é, sem dúvida, Silvio Berlusconi, líder do PDL, cujo objetivo sempre foi a criação de um Governo de união nacional.

Já o Movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo, cujos membros descarregaram verbalmente toda a raiva pela reeleição de Napolitano, já disse que não apoia um Governo presidido por Napolitano. EFE

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