Cidade do México - Os diretores do jornal Noroeste, baseado na cidade de Mazatlán, no estado mexicano de Sinaloa, denunciaram ontem que estão sendo extorquidos por narcotraficantes que exigem o pagamento de 200 mil pesos (cerca de R$ 26,5 mil) para não explodirem sua sede.
Na quarta-feira, criminosos tinham atirado com fuzis contra a fachada do jornal. No total, desde janeiro, o jornal diz ter sofrido sete ataques.
Em editorial publicado ontem, o Noroeste afirma que "não irá ceder".
"Lamentavelmente, a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa são constantemente atacadas, com intenção de desarticulá-las, por aqueles que buscam o império do caos e da anarquia, condições nas quais possam prosperar seus negócios obscuros", afirma.
Também ontem, na cidade de Tijuana, em Baixa Califórnia, um mexicano afirmou ter ficado dez dias cativo, em poder de coiotes que contratou para ajudá-lo a cruzar, ilegalmente, a fronteira dos Estados Unidos.
Em depoimento, o mexicano disse ter sido abordado pelos coiotes quando caminhava pelo centro da cidade e levado a um local onde outros 15 imigrantes eram mantidos reféns.
Por telefone, os sequestradores cobraram US$ 4,5 mil (cerca de R$ 7,8 mil) do irmão do mexicano, como resgate. Não há confirmação do total pago pela soltura dele.