Universidades renomadas dos Estados Unidos, como a Universidade Yale e a Universidade Columbia, tornaram-se palco para manifestações pró-Palestina violentas durante este final de semana.
Em eventos separados, manifestantes foram ouvidos entoando gritos de apoio ao grupo terrorista Hamas e expressando hostilidade direta contra estudantes judeus, ações que geraram preocupações significativas em relação à segurança e ao bem-estar dos mesmos.
Durante a semana passada, mais de 100 estudantes tiveram que ser detidos durante um protesto que resultou em uma ocupação do campus da Universidade Columbia, em Nova York.
No sábado (20), novos protestos foram realizados, desta vez no lado de fora da universidade. Neste local, segundo o site de notícias dos EUA National Review, foi possível ouvir os estudantes exclamarem: “Nós dizemos justiça, vocês dizem como? Arrasem Tel Aviv [cidade israelense] até o chão!" e "al-Qassam, você nos orgulha! Acerte mais um soldado [israelense]!”.
As brigadas al-Qassam são o braço militar do Hamas. Eles foram os responsáveis por atacar o território israelense no dia 7 de outubro de 2023 em um ato terrorista que deixou 1,2 mil mortos em Israel, bem como milhares de feridos e mais de 200 pessoas levadas em cativeiro para Gaza, entre elas mulheres e até um bebê.
Além dessas falas, também foi possível escutar os manifestantes dizerem: “Hamas, nós te amamos. Também apoiamos seus foguetes!”; “Vermelho, preto, verde e branco, apoiamos a luta do Hamas!” e "É certo se rebelar, al-Qassam, dê a eles o inferno!”.
Tais manifestações levaram um rabino americano chamado Elie Buechler a aconselhar mais de 290 estudantes judeus a deixarem o campus da Columbia até que a situação se estabilize, conforme informou o National Review.
O site americano veiculou uma mensagem onde o rabino expressava sua preocupação com a incapacidade da segurança pública da universidade e da polícia de Nova York em garantir a segurança dos estudantes judeus diante de um “antissemitismo extremo e anarquia”.
Um vídeo veiculado nas redes sociais também mostra que estudantes judeus foram ameaçados e expulsos da Columbia pelo simples fato de estarem presentes durante os protestos que ocorriam na universidade.
A Universidade Yale, localizada em Connecticut, também foi o cenário de protestos pró-Palestina perturbadores. Em um deles, estudantes que participavam dos protestos bloquearam a passagem de um estudante judeu que tentava entrar no campus da universidade.
Vídeos veiculados nas redes sociais e pela emissora israelense Channel 13 mostram os estudantes pró-Palestina fazendo uma corrente humana para impedir o judeu de acessar a universidade.
“É meu direito andar aqui”, disse o estudante judeu que não teve seu nome identificado até o momento.
Nesta segunda-feira (22), cerca de 47 pessoas, entre estudantes de graduação, graduados e profissionais de Yale, além de pessoas não filiadas à universidade, foram presas após a realização de novos protestos pró-Palestina violentos.
Segundo o porta-voz da instituição, os estudantes detidos serão encaminhados a Yale, onde serão alvos de “medidas disciplinares, incluindo uma variedade de sanções, como repreensão, liberdade condicional ou suspensão”.
Os protestos pró-Palestina nas universidades americanas ocorrem desde o início do conflito no Oriente Médio entre Israel e o Hamas, desencadeado pelos ataques terroristas do grupo palestino.
Durante as ultimas semanas, tais protestos estão sendo marcados pela hostilidade contra estudantes judeus e por ataques ao Estado de Israel.
O antissemitismo aumentou bastante nas universidades americanas desde o início do conflito, o que fez com que muitos estudantes judeus passassem a sentir medo de estar nesses locais.
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