O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, apresentou nesta quarta-feira (14) o novo sistema de lançamento espacial que permitirá a realização de voos tripulados além da órbita terrestre baixa, como os feitos até agora, e chegar em um futuro a Marte.
O sistema de lançamento espacial (SLS) foi projetado para levar o veículo de carga e tripulação Orion a novos destinos no espaço profundo, e servirá como apoio para as naves de transporte comercial que farão voos à Estação Espacial Internacional (ISS).
"Este novo sistema de lançamento criará novos postos de trabalho nos Estados Unidos e garantirá a liderança americana no espaço", afirmou Bolden em declarações à imprensa concedidas no Edifício Dirksen do Senado.
Desta forma, foram encerrados meses de revisões exaustivas de planos e projetos para que a Nasa contasse com um sistema de lançamento não só potente, mas versátil, que permitisse adaptações com novas tecnologias de acordo com suas necessidades.
O foguete será o mais potente desde a construção do Saturno V, também criado pelos EUA e que levou os astronautas do Apollo à Lua, e permitirá ao homem alcançar lugares inexplorados.
O aparelho terá uma capacidade inicial de 70 toneladas - que serão ampliadas a 130 - e utilizará hidrogênio e oxigênio líquidos como combustível.
Espera-se que possa realizar seu primeiro voo no final de 2017.
Este novo foguete será fundamental para a execução do plano traçado por Barack Obama e o Congresso sob o Nasa Authorization Act, lei que o presidente assinou no ano passado, indicou Bolden.
"Depois de resolvida a arquitetura do sistema de lançamento, a Nasa pode agora seguir adiante com a construção uma nova geração de veículos e de tecnologias necessárias para um ambicioso programa de missões tripuladas no espaço profundo", assinalou em comunicado John Holdren, assistente da Casa Branca para Ciência e Tecnologia.
No ano passado, Obama marcou as novas pautas da agência espacial americana com ênfase na retomada da prospecção e entre as novas metas apontou a viagem a um asteroide em torno do ano 2025 e a primeira missão tripulada a Marte, prevista para a década de 2030.