A Nasa divulgou nesta segunda-feira (19) a descoberta de 219 novos exoplanetas, que são planetas fora do sistema solar. Deste número, 10 deles tem a possibilidade de ser habitáveis, pois não estão nem muito longe de sua estrela hospedeira (muito gelado), e nem muito perto dela (muito quente), fazendo com que haja a possibilidade de existir água líquida em sua superfície.
Essa é a oitava expedição do telescópio Kepler, e os dados foram divulgados no mais novo catálogo de exoplanetas da Nasa. Com esse resultado, 4.034 candidatos foram identificados, sendo 2.335 confirmados pela agência. Dos planetas potencialmente habitáveis, o número chegou a 50, com 30 confirmados.
Para detectar novos planetas, o telescópio não se baseia em uma observação direta, mas sim através de sensores sensíveis que detectam a queda de brilho de uma estrela. Isso acontece quando um planeta passa em sua frente.
Tecnologia da NASA
O telescópio espacial Kepler foi lançado em órbita em torno do sol em 2009. Sua missão era fazer um catálogo de uma pequena fatia da Via Láctea em um esforço para entender a "demografia" de nossa galáxia. Quantas estrelas são como o nosso sol? Quantos planetas orbitam na zona habitável? Existe algum outro lugar neste vasto universo que os seres vivos possam chamar de lar?
Nos seus primeiros quatro anos, o telescópio pesquisou apenas 0,25% do universo observável. E para cada planeta potencial detectado, a NASA estima que 100 a 200 estejam situados fora do alcance dele. Dado um pouco de tempo e alguns modelos sofisticados, os cientistas usarão o catálogo Kepler para estimar quantas estrelas em nossa galáxia poderiam hospedar uma "Terra 2.0".
A NASA estima que o telescópio tem combustível suficiente para permanecer ativo em 2018.
Até então, a agência espacial espera estar pronta para lançar o “Transiting Exoplanet Survey Satellite”, que buscará planetas pequenos em torno das estrelas mais brilhantes do céu e o Telescópio Espacial James Webb, projetado para detectar atmosferas em outros planetas. Essas novas tecnologias poderão detectar planetas em movimento em torno de estrelas distantes.
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