Nos Estados Unidos, os incêndios que devastam a Califórnia já provocaram prejuízos de mais de R$ 2 bilhões. O fogo destruiu uma área maior que a cidade de São Paulo. Nesta quinta-feira (25), o presidente George Bush vai visitar a região.
No quarto dia de incêndios florestais no sul da Califórnia, o vento forte que sopra do deserto, finalmente, deu uma trégua. Os bombeiros conseguiram controlar grande parte dos incêndios. Aviões voltaram a molhar as florestas com água misturada a uma substância vermelha, que retarda a propagação do fogo.
A situação melhorou, mas o perigo continua. O vento, que agora sopra do mar para o interior, cria novas ameaças.
Em uma base dos fuzileiros navais, a meio caminho entre San Diego e Los Angeles, surgiu durante a noite um tornado de fogo criado por um redemoinho. Ao todo, 800 famílias foram removidas da base. Perto dali havia casas que foram totalmente consumidas pelo fogo.
A Nasa lançou um avião-robô, comandado por controle remoto, para sobrevoar a região. A aeronave é equipada para fazer imagens com infravermelho e localizar os focos de incêndio.
Quando o presidente George Bush chegar nesta quinta-feira (25) à Califórnia para visitar as áreas atingidas, o perigo maior já terá passado. Mas o fogo destruiu uma área bem superior à que foi incendiada em 2003: 1.725 quilômetros quadrados, maior que a área da cidade de São Paulo.
Entre as causas do desastre na Califórnia, está o aquecimento da atmosfera. Quase todo o território dos Estados Unidos sofre com uma seca sem precedentes. As queimadas em todo país este ano já ultrapassam 36 mil quilômetros quadrados, quase o dobro da média dos dez anos anteriores.
O FBI está investigando a possibilidade de que 2 dos 16 focos de incêndio tenham sido provocados por criminosos.