O ônibus espacial Discovery decolou da Flórida e entrou em órbita nesta terça-feira, em uma missão cujo fracasso significará a aposentadoria antecipada desse tipo de nave.
Após dois adiamentos provocados pelo mau tempo no fim de semana, o Discovery decolou às 14h38m (15h38m em Brasília) do Centro Espacial Kennedy, com seis americanos e um alemão a bordo.
É apenas o segundo vôo de um ônibus espacial desde a explosão do Columbia, em fevereiro de 2003. Desta vez, a nave queimou seus foguetes propulsores em 2,5 minutos e entrou em órbita cerca de nove minutos depois do lançamento.
- O Discovery está pronto, o tempo está bonito e a América (EUA) está pronta para colocar o ônibus espacial em vôo de novo - disse o diretor de lançamento Mike Leinbach, minutos antes da decolagem. - Então, boa sorte e todas as bênçãos ao Discovery.
- Não posso pensar em algum lugar melhor para estar do que aqui, no 4 de julho - disse o comandante da nave, Steve Lindsey, referindo-se ao Dia da Independência dos Estados Unidos.
Os doze dias de missão do Discovery serão cruciais para o plano da Nasa de concluir as obras da Estação Espacial Internacional antes de 2010, quando está previsto o fim dos ônibus espaciais. Se houver algum problema grave, os ônibus serão aposentados antes disso.
Este é o 115º lançamento de um ônibus da Nasa desde 1981. Ele só foi possível porque os técnicos da Nasa concluíram que uma rachadura na espuma de isolamento térmico do tanque de combustível não representava uma ameaça.
A rachadura, de 12,5 centímetros por 1 centímetro, foi encontrada no domingo, depois da segunda tentativa de lançamento. Um pequeno pedaço de espuma caiu da placa e foi achado na plataforma de lançamento.
Técnicos da Nasa inspecionaram a área da rachadura na manhã desta terça-feira para ver se havia gelo se formando, o que seria perigoso. Não foi o caso.
- Essa é uma boa notícia, não houve formação de gelo na área onde o isolamento foi perdido - disse o analista de vôo George Diller.
O acidente de 2003 foi causado por um pedaço da espuma isolante que se soltou durante a decolagem e atingiu uma asa. A fissura provocada pelo choque levou a um superaquecimento na volta à atmosfera, 16 dias depois, causando a explosão que matou sete astronautas.
Apesar de uma ampla investigação e de enormes investimentos em melhorias, o problema se repetiu há um ano, no lançamento do Discovery. Os ônibus espaciais ficaram encostados até que o projeto fosse revisto. Em três anos, a Nasa gastou um total de US$ 1,3 bilhão em consertos nos tanques e em melhorias de segurança.
Mesmo antes da descoberta do novo problema, alguns técnicos da Nasa já se opunham ao lançamento, por temer problemas. A direção da agência decidiu ir adiante apesar dos alertas.
Lindsey, de 45 anos, o piloto Mark Kelly, de 42 , e os astronautas Mike Fossum, de 48, Lisa Nowak, de 43, Stephanie Wilson, de 39, e Piers Sellers, de 51, agitavam bandeirinhas americanas ao chegar à plataforma, em homenagem à data nacional dos EUA.
O alemão Thomas Reiter, de 48, que ficará na Estação Espacial, agitava uma bandeira do seu país.
Além de entregar mantimentos e equipamentos na estação, o Discovery terá como principal tarefa testar as alterações de segurança e o novo projeto dos tanques.
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