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Washington – Duas sondas da Nasa que visitaram Marte há mais de 30 anos podem ter ignorado a presença de micróbios alienígenas no planeta vermelho e, até, matado-os sem notar, teoriza um cientista.

O problema pode ter ocorrido porque as duas naves Viking, de 1976 e 1977, estavam procurando pelo tipo errado de ser vivo, afirma o pesquisador, em artigo apresentado à Sociedade Americana de Astronomia.

O novo estudo, que se baseia numa visão mais ampla de onde a vida pode lançar raízes, poderá reorientar as buscas que serão realizadas pela próxima sonda marciana, a Phoenix, que deverá ser lançada em agosto deste ano, disse um cientista da Nasa.

Em dezembro, cientistas anunciaram que novas fotografias de Marte mostravam características geológicas que sugeriam a presença de fluxos ocasionais de água, o sinal mais claro de que Marte poderia ter ambientes capazes de suportar vida.

Nos anos 70, as sondas Viking estavam preparadas apenas para reconhecer formas de vida similares às da Terra, em que a água salgada é o líquido interno das células vivas. Em Marte, no entanto, poderia haver formas de vida com água e peróxido de hidrogênio como líquido interno – segundo o geólogo, por causa das condições climáticas frias e secas.

Isso porque o peróxido pode se manter líquido a temperaturas extremamente baixas, de 55.º C negativos, não destrói células ao congelar e pode extrair vapor de água do ar.

Os experimentos realizados pelas Vikings não teriam reconhecido vida baseada em peróxido, e teriam matado essas criaturas, afogando-as – um experimento jogou água no solo – e assando-as – outro aqueceu amostras de solo.

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