Uma futura missão robótica da Nasa buscará indícios de vida em Europa, lua de Júpiter que teria um oceano líquido sob sua superfície congelada. Pelo menos é o que indica o plano orçamentário para a agência espacial norte-americana em 2015, apresentado nesta quarta-feira (5) pelo presidente Barack Obama. O plano também mantém a aposta no incentivo a empresas privadas para o transporte de astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS).

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A Casa Branca pediu um orçamento de US$ 17,5 bilhões para a Nasa no ano fiscal que começa em 1.º de outubro. Este valor é 1% menor do que o do orçamento de 2014. Mas a Nasa também poderá ter acesso a um montante adicional de quase US$ 900 milhões de um fundo correspondente à Iniciativa de Crescimento e Segurança, lançada recentemente por Obama.

Se o orçamento for aprovado, a Nasa terá US$ 1,1 bilhão no ano que vem para ajudar pelo menos duas empresas a desenvolver sistemas para levar astronautas até a ISS. Desde que os ônibus espaciais foram aposentados, em 2011, os EUA dependem da Rússia para levar tripulações ao laboratório espacial, a um custo de mais de US$ 65 milhões por cabeça. O objetivo é que os EUA possam voltar a ter meios próprios para levar seus astronautas até a baixa órbita da Terra em 2017.

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Lançamento espacial

O novo orçamento também inclui US$ 2,8 bilhões para dar continuidade ao desenvolvimento do sistema de lançamento espacial, com o foguete SLS e a cápsula Órion, para futuras missões tripuladas à Lua, a asteroides e a Marte. Um voo de teste não tripulado da Órion está previsto para 18 de setembro.

Uma das primeiras missões do sistema SLS/Órion seria enviar astronautas a um asteroide capturado previamente por um robô e levado a uma órbita ao redor da Lua. Os planos para a chamada Missão de Redirecionamento de Asteroide receberá um financiamento de US$ 133 milhões - contra US$ 78 milhões em 2014.

As missões científicas receberam quase US$ 5 bilhões - incluindo ai os US$ 15 milhões destinados a dar início ao projetos de uma missão para Europa em meados da década de 2020. Os cientistas já dispõem de provas de que a lua tem um vasto oceano sob sua superfície gelada. Por isso, acreditam, trata-se de um lugar onde poderia haver vida.

Hubble

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O orçamento prevê ainda a manutenção do programa do sucessor do telescópio espacial Hubble, um observatório conhecido como telescópio espacial James Webb, cuja previsão de lançamento é em 2018. O dinheiro também permitirá que a Nasa comece a planejar a construção de um novo observatório espacial para investigar a natureza da misteriosa força conhecida como energia escura que estaria acelerando a expansão do Universo.