A Nasa autorizou a segunda tentativa de lançar o ônibus espacial Discovery para este sábado à noite (23h50, horário de Brasília). No entanto, o mau tempo e os atrasos nos trabalhos da plataforma do foguete podem adiar novamente o lançamento.
Os administradores da agência espacial fariam uma nova reunião para acompanhar as tarefas que atrasaram o abastecimento da espaçonave. O lançamento foi marcado para 20h47 (hora local) mas, se os funcionários não conseguirem abastecer o Discovery até o fim da tarde, o ônibus espacial será lançado às 20h25 deste domingo.
A previsão da metereologia não é das melhores. Há 70% de probabilidade de fortes ventos, chuva e nuvens que podem adiar o lançamento.
Este será o primeiro lançamento noturno depois do desastre com o Columbia, em 2003. Havia uma proibição de lançamentos à noite como forma de garantir que as câmeras tivessem boa luz para detectar qualquer vazamento de combustível do ônibus espacial.
A Nasa espera fazer sua terceira missão do ano antes do dia 17 de dezembro. Assim, evita-se problemas com os computadores do Discovery, que não estão programados para alteração da data na virada do ano.
O objetivo do vôo de 12 dias, o número 117 na história do ônibus espacial, é renovar a instalação elétrica da Estação Espacial Internacional, para que os laboratórios associados - construídos pela Europa e pelo Japão - possam ser instalados ano que vem.
A tripulação já está preparada desde quarta-feira à noite para o lançamento, mas as densas nuvens frustaram os planos na quinta e na sexta. A Nasa precisa de tempo bom e os ventos devem ser calmos para permitir uma aterrissagem de emergência.
O comandante Mark Polansky lidera a tripulação, que inclui o primeiro astronauto sueco, Christer Fuglesang, o piloto William Oefelein, o engenheiro de vôo Robert Curbeam e os especialistas da missão Nicholas Patrick, Joan Higginbotham e Sunita Williams.
Quase quatro anos atrás, problemas com o Columbia durante seu pouso provocaram uma explosão do foguete quando este entrava na atmosfera. O acidente causou a morte de sete astronautas. Desde então, o tanque de combustível foi totalmente redesenhado.