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O astronauta Edwin Aldrin, piloto do módulo lunar, é fotografado por Neil Armstrong durante a primeira missão tripulada que chegou à Lua, em 20 de julho de 1969: Estados Unidos vence a disputa com a ex-União Soviética | Nasa/Reuters
O astronauta Edwin Aldrin, piloto do módulo lunar, é fotografado por Neil Armstrong durante a primeira missão tripulada que chegou à Lua, em 20 de julho de 1969: Estados Unidos vence a disputa com a ex-União Soviética| Foto: Nasa/Reuters

Sites comemoram 40 anos do evento

Sites na internet também estão comemorando nesta segunda-feira (20) os 40 anos do primeiro passo do homem na Lua. Os materiais em diversas mídias são uma atração à parte. Vídeos, fotos e conteúdos interativos em flash trazem informações interessantes sobre o assunto.

Ao abrir o site da Nasa, a agência espacial americana, um vídeo emblemático é aberto. O primeiro passo de um ser humano na Lua é mostrado em vídeo, com a narração que eternizou esse ato. "Um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade", diz Neil Armstrong na gravação. Internamente o site também reserva várias surpresas para o internauta, como fotos, outros vídeos e conteúdos interativos em flash.

Já o site do jornal norte-americano New York Times preparou um hotsite especial, com conteúdos variados sobre o assunto. Já na capa, é possível ver uma chamada para vídeos da preparação dos astronautas, programas de tevê que estrearam no ano e muito mais.

Há 40 anos, um grande passo para a humanidade

No dia 16 de julho de 1969 a missão Apollo 11 decolava para uma das maiores façanhas da conquista do espaço. Quatro dias depois, há exatas quatro décadas, o astronauta norte-americano Neil Armstrong tornou realidade o sonho mais antigo das civilizações humanas ao se transformar no primeiro homem a caminhar na Lua.

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Quem já esteve lá

Desde que Neil Armstrong pisou no solo lunar, em julho de 1969, apenas 12 humanos tiveram o privilégio de andar na Lua. No total, seis missões tripuladas conseguiram êxito de chegar ao satélite da Terra.

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Guardião dos segredos do sistema solar, satélite é rico em recursos naturais

A Lua é uma testemunha preciosa da história e dos segredos do nosso Sistema Solar desde o seu nascimento, há 4,5 bilhões de anos, bem como uma importante reserva de recursos naturais, como oxigênio, hidrogênio, silício e hélio. "Em nenhuma outra parte podemos contemplar com tanta clareza a época em que a Terra e os outros planetas do nosso sistema solar se formaram", destaca em um estudo recente a Academia Nacional de Ciências dos EUA.

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Astronautas seguiram caminhos diferentes

Após o êxito da missão Apollo 11, os três astronautas que viajaram à Lua em julho de 1969 buscaram diferentes atividades.

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      Lá se vão 40 anos. Atualmente, o feito impressiona. Em um dia como hoje, sentamos à frente da televisão e assistimos fascinados aos primeiros passos do homem na Lua. Depois, nunca mais os astronautas voltaram lá. Mas a Nasa, agência espacial americana, não desistiu de perseguir o sonho.

      A agência só quer saber agora do futuro, do programa Constellation, que pretende levar o homem à Lua até 2020. A construção do próximo meio de transporte já começou. Espalhados pelo país inteiro pesquisadores, engenheiros, astronautas trabalham intensamente para viabilizar a ida do homem à Lua, mais uma vez. A nave espacial será a Órion, com até seis lugares. Mas para os astronautas chegarem lá será preciso mais. Um módulo lunar - o Altair - e dois foguetes - o Ares 1 e o Ares 5.

      Primeiro vai o módulo Altair - a casa dos astronautas na Lua - levado pelo foguete Ares 5. Depois, segue a cápsula Órion, com os astronautas - todos carregados pela força do Ares 1. No espaço, os foguetes deixam Órion e Altair em órbita. Eles se acoplam para seguir viagem e pousar na Lua.

      A Nasa também já começou a testar o novo veículo que pretende colocar para rodar na Lua. Cheio de tecnologia e segurança, o carro lembra um trator. Tem 12 rodas e capacidade para duas pessoas. Há lugares para alimentação, instalações sanitárias, computadores - que permitirão os astronautas ficarem ali dentro por até 14 dias.

      Mas antes de fazer tudo isso funcionar, os astronautas da Nasa querem saber onde vão pisar. No mês passado uma sonda partiu em direção à Lua. Foi até lá para testar sistemas de voo, identificar locais de pouso, transmitir para a Terra imagens que nenhum telescópio consegue captar. As informações já ajudaram os técnicos da Nasa a simular o futuro. Em uma animação cheia de cores eles mostraram como deve ser 2020, quando os americanos deverão fincar o pé, de novo, na Lua.

      Brasileiros não acreditam que o homem foi à Lua

      Na Lua, um grande salto para a humanidade. Mas ainda há uma enorme desconfiança, que resiste ao tempo. "É mentira", diz uma mulher.

      Essa é também a teoria do agricultor José Andreazi, de 67 anos. Ele passou aquele dia histórico grudado no rádio: "Pensava que eles queriam ser mais que Deus", lembra. Anos depois, viu pela TV as imagens da Apollo 11. Mas nunca colocou fé na conquista: "Eles subiram, mas parar e descer na Lua, não sei se é verdade", desconfia.

      O roupeiro Osni dos Santos, de Londrina, já virou figura folclórica no assunto. Para o roupeiro de 50 anos, foi tudo uma grande farsa, filmada em estúdios de Hollywood: "Só pode ser montagem. Em filme, você vai para Marte, para todo lado, passa para outra dimensão. Por que não voltaram até hoje, 40 anos depois?", questiona. No desfile de teorias conspiratórias, sobrou até para a Apollo 11: "Parece uma alegoria de carnaval, cheia de ponta para todo lado. Como vai chegar com um negócio desses até a Lua?", diz o roupeiro.

      É uma descrença que passa de geração para geração. É exatamente isso que Osni ensina para as filhas: "Digo que o homem não foi à Lua. Não adianta escutar professores. A menor acredita em mim, porque não leu tudo. As maiores discordam. Mas eu insisto em dizer que não foi", conta Osni.

      No Maranhão, mais histórias curiosasAlcântara fica em uma península a 2º da linha do Equador. Uma posição estratégica para o Brasil na corrida espacial. Os foguetes são lançados com uma economia de até 20% no consumo de combustível. Por causa disso, o Centro Aeroespacial de Alcântara tem a missão de colocar um satélite em órbita. Mas tanto avanço não convence os vizinhos da tecnologia. Há quem duvide até mesmo que o homem foi á Lua.

      "Como é que você vai entrar na Lua se ela é redonda e ela não tem porta?", questiona Raimundo Vieira.

      Naquele 20 de julho de 1969, quando o homem tocou pela primeira vez o solo lunar, a agricultora Maria José Vieira tinha só 7 anos. Jamais soube da conquista histórica. Até hoje, a Lua - para ela - é uma morada sagrada: "São Jorge fica lá, com aquela espada. Mas o homem, para a Lua, nunca vai".

      A Lua por aqui tem outra função. "Já que à noite não tem sol, a lua serve como uma lâmpada", explica a estudante Carla Petrus. A Lua que ilumina as ruínas históricas também desafia a imaginação nas noites de Alcântara. "Por que o homem nunca foi ao Sol?", pergunta o servidor público José de Ribamar Ribeiro.

      Em Aracaju, desconfiançaEntre o céu e a Terra há muitos mistérios difíceis de serem desvendados. Testemunhas da história, uma turma de mais de 60 anos se divide quanto à veracidade do que aconteceu há 40 anos.

      Homem na Lua: verdade?

      "Muita gente não acredita, eu acredito porque eu vi", diz o aposentado Valmir Guerra.

      Ou mito?

      "Eu vi pela televisão, ouvi pelo rádio, mas não acredito", desconfia o aposentado José Nildo de Oliveira.

      Essa não é uma dúvida que paira somente entre os mais antigos.

      "Até ficaram pela órbita, porque foi lançado o foguete, mas descer lá, não, porque todas as fotos têm vestígios de falhas", aponta Edson dos Santos Silva.

      Efeitos do cinema, fotos forjadas - cada um tem uma justificativa para duvidar.

      "Enganaram o povo, o homem não foi à Lua e nunca vai", garante a aposentado Ildo Tompson Dantas.

      Verdade ou não, o certo é que a Lua continua a brilhar nas belas noites da Terra. Sempre solitária, majestosa, inspiradora e, bem do jeito dela, não está nem aí para essa polêmica.

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