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| Foto: Divulgação/Microsoft

A Nasa se uniu à gigante da tecnologia Microsoft para levar o público a um passeio virtual por Marte. Batizada “Destination: Mars” (Destino: Marte), a atração será aberta no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, em meados deste ano. Nela, pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL) integraram dados e imagens obtidos pelo veículo-robô Curiosity, que opera na superfície do planeta vermelho desde agosto de 2012, aos óculos HoloLens, da Microsoft, para criar um tour guiado por uma versão holográfico do ex-astronauta Buzz Aldrin, segunda pessoa a caminhar na Lua, em 1969.

Usando o conceito de “realidade misturada”, que une elementos virtuais ao ambiente real pelo qual o usuário caminha, a “Destination: Mars” vai levar o público aos locais das principais descobertas proporcionadas pelo Curiosity nos últimos anos em Marte na região da Cratera Gale. A atração interativa também tem participação holográfica da pesquisadora do JPL Erisa Hines, responsável por dirigir o veículo-robô pela superfície do planeta vermelho.

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“Esta experiência permite ao público explorar Marte de uma maneira completamente nova”, diz Doug Ellison, produtor de visualização no JPL. “Caminhar pela mesma paisagem que o Curiosity está atravessando coloca seus feitos e descobertas em um belo contexto”.

A “Destination: Mars” é uma adaptação do OnSight, ferramenta de operação da missão do veículo-robô da Nasa em Marte desenvolvida em conjunto pelo JPL e a Microsoft.

“Estamos animados em dar ao público a chance de ver Marte usando as mesmas tecnologias de ponta que ajudam os cientistas a planejarem as atividades do Curiosity no planeta hoje”, destaca Jeff Norris, gerente do projeto do OnSight e da “Destination: Mars” no JPL. “Enquanto estão livres para explorar o terreno, os participantes também aprenderão sobre os processos que deram forma a este mundo alienígena”.

Com a ajuda da ferramenta OnSight, os cientistas podem fazer recomendações sobre onde o Curiosity deve seguir e identificar formações geológicas em Marte que merecem uma análise mais detalhada, como aconteceu recentemente com Abigail Fraeman, integrante da equipe de ciência da missão, que observou uma interessante transição entre duas formações rochosas no planeta vermelho.

‘A OnSight torna o processo de análise dos dados mais natural para mim”, conta Fraeman. “Ela realmente me dá a sensação de que estou em campo quando a uso. Pensar sobre a geologia marciana é muito mais intuitivo quando posso ficar de pé num cenário e andar em volta da maneira que faria se estivesse em campo”.

Para a Nasa, a atração também tem a importância de angariar apoio popular ao seu projeto de enviar astronautas a Marte na década de 2030.

“Enquanto nos preparamos para mandar humanos a Marte nos anos 2030, o público agora poderá ter uma prévia da experiência que os astronautas terão quando andarem e estudarem a superfície marciana – conclui Dave Lavery, executivo do programa de Exploração do Sistema Solar no quartel-general da Nasa em Washington”.

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