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A fissura na Ilha Pine tem 29 quilômetros de comprimento. Iceberg deve ser formar nos próximos meses, segundo a Nasa | Jefferson Beck/REUTERS/NASA/GSFC
A fissura na Ilha Pine tem 29 quilômetros de comprimento. Iceberg deve ser formar nos próximos meses, segundo a Nasa| Foto: Jefferson Beck/REUTERS/NASA/GSFC
  • A fissura na Ilha Pine: foto foi feita no dia 26 de outubro, a bordo de um DC-8 da Nasa

Cientistas da Nasa (agência espacial americana) afirmaram nesta quinta-feira (3) no Chile que vigiam a formação de um grande iceberg, de 880 quilômetros quadrados, produto de uma rachadura que se estende ao longo de 29 quilômetros na geleira da Ilha Pine, na Antártida.

A observação da enorme rachadura foi feita em voos de investigação realizados durante outubro pela equipe IceBridge, um conjunto de cientistas e técnicos da Nasa que analisam as mudanças nas camadas de gelo que cobrem a Antártida e a Groenlândia desde 2009.

"Nos voos observamos uma grande fissura que indica que um grande pedaço de gelo está prestes a partir. Trata-se de uma rachadura de 280 metros de largura e de 60 metros de profundidade, mais alta que a Estátua da Liberdade", declarou à imprensa o chefe do projeto IceBridge, Michael Studinger, em videoconferência.

O cientista ressaltou que a fissura sobre a geleira da Ilha Pine "faz parte do ciclo natural" de formação dos icebergs na área ocidental da Antártida - uma região "sensível", disse -, motivo pelo qual não acarreta risco ambiental em nível global.

"A rachadura não nos preocupa, faz parte do ciclo natural. Se ocorresse de forma mais frequente poderia causar problemas ambientais", explicou Studinger. "Sabemos pouco da formação destes icebergs porque não observamos com frequência estes fenômenos. É primeira vez que sobrevoamos uma fissura tão grande. Esperamos que isto ajude a explicar como se formam para poder predizê-las", ressaltou Studinger, cujas pesquisas se prolongarão até 2015.

O projeto IceBridge, a maior pesquisa aérea das camadas de gelo do mundo, realiza medições anuais da elevação das geleiras na Antártica e na Groenlândia.

Com até seis aviões equipados com uma grande variedade de instrumentos de observação e medição, os cientistas da Nasa registram dados na estrutura das geleiras com o objetivo de determinar o impacto da mudança climática no derretimento destas extensas massas de gelo.

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