O órgão regulador da natação competitiva nos Estados Unidos emitiu uma nova diretriz regulamentando a participação de atletas transgêneros que desejam competir em eventos femininos de alta performance. Segundo a nota divulgada, a USA Swimming "reconhece uma diferença competitiva nas categorias masculina e feminina e as desvantagens que isso apresenta na competição de elite".
Publicada na última terça-feira (1), a decisão tem efeito imediato e prevê que um painel de três especialistas médicos independentes deve decidir se "desenvolvimento físico prévio do atleta como homem" lhe dará uma vantagem injusta sobre as mulheres. O grupo também será responsável por verificar os níveis de testosterona das competidoras transexuais.
"A USA Swimming continuará a defender a equidade de gênero e a inclusão de todas as mulheres cisgêneros e transgêneros e seus direitos de participar do esporte, ao mesmo tempo em que apoia firmemente a equidade competitiva nos níveis de elite da competição", diz o comunicado emitido.
O debate sobre a presença de homens biológicos nos esportes femininos ganhou força nos últimos meses porque a nadadora Lia Thomas, da Universidade da Pensilvânia, que é transgênero, vem quebrando recordes em eventos universitários, mesmo depois de dois anos de terapia hormonal. Antes da transição, ela havia competido na equipe masculina de natação em Penn.
Com as novas diretrizes, não se sabe se Thomas estará autorizada a competir nos próximos campeonatos da NCAA (sigla para Associação Nacional de Esporte Estudantil, em tradução livre) em março.
Em sua declaração, a USA Swimming citou dados estatísticos que mostram que a "mulher mais bem classificada em 2021, em média, seria classificada em 536º em todos os eventos masculinos de jardas curtas (25 jardas) no país".
O órgão acrescentou que a política permanecerá em vigor até que o órgão mundial da natação, a Fédération Internationale De Natation (FINA), divulgue sua posição sobre o assunto.
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