Madri Um tsunami na Indonésia, um tufão na China, inundações e quatro vulcões que voltaram à ativa. Todos estes fenômenos e desastres naturais não só deixam um rastro de morte e destruição como também lembram à humanidade o quão frágil é a Terra. Nos últimos dias, Ásia, América e até a velha Europa têm assistido impotentes à fúria da natureza, que parece ter despertado para castigar com água e fogo os pacíficos habitantes de lugares tão diferentes e distantes como Equador, Colômbia, Indonésia, China, Filipinas e Itália.
Passados menos de dois anos do tsunami de 2004, que afetou 12 nações do Índico e matou 226,4 mil pessoas, dois terços delas na Indonésia, outro tsunami arrasou no começo da última semana a costa oeste da ilha indonésia de Java. Cerca de 350 pessoas perderam a vida por causa da nova onda gigante, entre elas várias crianças e adolescentes que estavam brincando na praia no último dia 17.
O inesperado tsunami, que destruiu uma das praias mais belas do planeta, a de Pangandaran, se formou dois meses depois do terremoto de 6,8 graus na escala Richter que sacudiu a região de Yogyakarta ( Java), matando 6 mil pessoas.
Ainda na Ásia, o tufão Bilis, que atingiu a costa sudeste da China no último fim de semana, já deixou na região quase 200 mortos, cerca de cem desaparecidos e aproximadamente 15 milhões de desabrigados, segundo os últimos dados oficiais.
Em território chinês, o fenômeno causou inundações e deslizamentos de terra, mesmo depois de ter perdido a força ao passar pelas Filipinas e por Taiwan. No ano passado, além de milhões de desabrigados e vultosos prejuízos materiais, os desastres naturais (terremotos, tufões e inundações) na China deixaram 2.475 mortos, o número mais alto nos últimos quatro anos.
A Coréia do Norte reconheceu sexta-feira que as chuvas dos dias 14, 15 e 16 deixaram "centenas" de mortos e desaparecidos.
Regiões ainda não afetadas pelas chuvas de verão, sofrem com o calor de até 40º C. A França relaciona 20 mortos ao fenômeno, enquanto cresce a preocupação na Alemanha e na Itália. Nos Estados Unidos que por enquanto vêm sendo poupados pelos furacões os próximos dias também serão mais quentes que o normal, segundo os meteorologistas.
Calor mesmo faz nas regiões afetadas pelos vulcões. O Mayon começa a preocupar as Filipinas, enquanto o Tungurahua já forçou a retirada de mil famílias das províncias de Tungurahua e Chimborazo. Na mesma região, a Colômbia se mantém atenta ao despertar do Galeras. A Itália, por sua vez, assiste à fúria do Etna (sul), que vocifera praticamente isolado.
Enquanto os críticos não econtram explicações mais específicas, cientistas de todo o mundo relacionam todos esses fenômenos ao aquecimento global, que segue sem freios enquanto não se amplia o Protocolo de Kyoto, que estabelece limites para a poluição.
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