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Naufrágio

Naufrágio deixa 3 mortos na Itália; equipes procuram desaparecidos

O navio, que zarpou esta sexta-feira de Civitavecchia, na região de Roma, encalhou em um banco de areia próximo à Giglio, no sul da Toscana | REUTERS/Remo Casilli
O navio, que zarpou esta sexta-feira de Civitavecchia, na região de Roma, encalhou em um banco de areia próximo à Giglio, no sul da Toscana (Foto: REUTERS/Remo Casilli)
Unidades da guarda costeira e barcos de passageiros participavam do resgate |

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Unidades da guarda costeira e barcos de passageiros participavam do resgate

As equipes de socorro italianas continuavam buscando neste sábado (14) os desaparecidos no acidente em que um cruzeiro com mais de 4.000 pessoas encalhou em Toscana, litoral oeste da Itália, e que provocou três mortes. Pelo menos 40 pessoas estavam desaparecidas.

O consulado do Brasil em Roma informou que 53 brasileiros estavam. Desse total, 47 eram passageiros e os outros seis, tripulantes. Até o momento, não há informações de brasileiros entre os mortos, feridos e desaparecidos.

"Há três mortos confirmados", informou o prefeito da região, Giuseppe Linardi. "Esperamos o resultado da intervenção dos mergulhadores para verificar se alguém ficou preso na parte submersa", acrescentou.

Dos três mortos, dois são turistas franceses e um é peruano e pertencia a tripulação do navio. As autoridades sanitárias informaram que as três vítimas morreram afogadas.

Os corpos das três pessoas se encontram no necrotério de Orbetello, cidade situada diante de Giglio, e a promotoria ordenou uma necropsia.

O navio "Costa Concordia" realizava um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo quando se chocou aparentemente contra uma rocha perto da ilha de Giglio, no sul de Toscana, levando a bordo 4.231 pessoas, entre elas inúmeros estrangeiros. Os passageiros foram levados para terra firme.

Muitos dos passageiros estavam jantando quando o navio encalhou e, tomados pelo pânico, alguns se jogaram na água gelada.Luciano Castro, um dos passageiros do "Costa Concordia", disse à imprensa italiana que por volta das 21H30 local "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa".

Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar.

A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.

Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu "cenas de pânico dignas do 'Titanic'", com empurrões entre os evacuados, gritos e choros.

Também denunciou a falta de preparação da tripulação, afirmando que houve problemas quando os botes salva-vidas foram lançados ao mar e que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.

Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.

No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se não há ninguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.

O armador Costa Crociera, dono do barco, se declarou "consternado" e expressou seus pêsames às famílias. Indicou que não é possível determinar de imediato as causas do acidente e assegurou que a evacuação foi rápida, apesar de difícil, já que estava entrando muita água no barco.

Segundo Costa Crociere, o barco havia partido de Savona para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com escalas previstas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França).

O "Costa Concordia", de 290 metros, tem 58 quartos com suíte e balcão, cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.

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