Vinte uma pessoas morreram e outras 232 foram resgatadas com vida após o naufrágio de um barco em águas agitadas na costa da ilha de Sumatra, na Indonésia, neste domingo (22), segundo informações das autoridades locais. "Até agora, 21 pessoas morreram e 232 estão a salvo", disse Nurdin Basirun, chefe distrito da ilha de Karimum, onde os sobreviventes foram levados após o naufrágio do Dumai Express, por volta das 10h no horário local (1h de Brasília) deste domingo (22).
Basirun disse que as buscas continuavam apesar da chuva e das fortes ondas e que o total de mortos poderia ser maior. O número real de passageiros a bordo do navio é desconhecido e supõe-se que muitos ainda estão desaparecidos. "Tememos que o número de mortos vá subir. Ainda estamos no processo de busca e resgate", disse à AFP.
Mais cedo, o diretor-geral de transportes marítimos, Sunaryo, disse que 292 pessoas haviam sido resgatadas com vida e quatro mortos, mas o chefe de Karimun disse que esta informação era incorreta.
Já a Associated Press cita que mais de 230 pessoas foram resgatadas do barco, com pelo menos 15 mortos, incluindo duas crianças. A AP credita a informação ao chefe da polícia local, Yasin Kosasih. Segundo a AP, as operações de busca foram suspensas após o anoitecer.
O Dumai Express, uma embarcação de 147 toneladas, viajava da ilha Batam para Pekanbaru quando naufragou em alto mar. Pescadores estavam entre os primeiros que chegaram ao local do naufrágio e socorreram muitos dos sobreviventes.
O barco tinha capacidade de 273 passageiros e as autoridades estão investigando para ver se superlotação contribuiu para o acidente, disse Sunaryo. "Se estava superlotado, estava infringindo as regras e não vamos tolerar isso", disse. "Vamos investigar se o barco estava apto a navegar se seus documentos estavam completos. Também vamos conferir se o capitão do barco e o chefe do porto seguiram em frente apesar do mau tempo ou se as condições mudaram."
A superlotação é uma prática comum nos barcos de travessia da Indonésia, levando a desastres regulares apesar das repetidas promessas das autoridades de reforçar e exigir o cumprimento das leis.
O porta-voz da Marinha da Indonésia, Iskandar Sitompul, disse que o barco naufragou depois de ser atingidos por ondas de até três metros de altura. "Não temos certeza se alguém ficou preso no barco. Aqueles que foram resgatados estão traumatizados", disse.
As autoridades indonésias não foram capazes de descrever precisamente como o Dumai Express afundou, em meio a informes de que teria virado no mar. "Não sabemos exatamente como o barco afundou e em que velocidade, mas as ondas eram muito grandes e era uma situação perigosa", disse o porta-voz do Ministério de Transportes da Indonésia, Bambang Ervan.
Ele admitiu que não era incomum os barcos indonésios estarem com superlotação. "Em condições normais, os barcos podem navegar com um pouco de excesso de capacidade, mas em águas agitadas, isso não é bom para a estabilidade. Ainda estamos investigando as causas do naufrágio", disse.
Outro barco, que fazia a travessia de Dumai à ilha Moro, próximo de onde o Dumai Express afundou, encalhou por volta das 14h (hora local), mas todas as 270 pessoas a bordo estavam a salvo, disse Ervan.
Na Indonésia, a população de 234 milhões de pessoas está espalhada em 17 mil ilhas que dependem de uma rede de transporte de navios e barcos que possui um fraco histórico de segurança. Em janeiro, até 335 pessoas morreram no naufrágio de um barco superlotado na costa da ilha de Sulawesi. Em dezembro de 2006, um barco afundou durante uma tempestade na costa de Java, matando mais de 500 pessoas.
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