O líder opositor Alexei Navalny, durante depoimento por vídeo em audiência na qual a Justiça rejeitou seu recurso contra uma sentença de 19 anos de prisão| Foto: EFE/EPA/MAXIM SHIPENKOV
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Após a confirmação das eleições presidenciais da Rússia em março do próximo ano, o líder da oposição, Alexei Navalny, fez um apelo direto da prisão onde está detido para que os russos votem no dia 17 de março em qualquer candidato, exceto o atual chefe do Kremlin, Vladimir Putin.

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“Nesse dia pedimos a todos para irem às urnas e votarem contra Vladimir Putin. Isso pode ser feito colocando uma cruz na caixa de qualquer outro candidato”, escreveu Navalny no seu canal do Telegram.

Há menos de dois meses, o líder opositor rechaçou a opção de apoiar os líderes dos partidos com representação parlamentar, como o comunista Guennadi Ziuganov ou o nacionalista Leonid Slutsky, por seu apoio à guerra na Ucrânia.

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A mudança de opinião ocorreu após uma consulta digital entre políticos, ativistas e jornalistas exilados, entre os quais a maioria defendeu a participação nas eleições para expressar sua oposição a Putin e à sua campanha militar.

“Sem dúvida, nos espera uma paródia do processo eleitoral. E os resultados finais, como sempre, serão manipulados. Mas qualquer eleição, mesmo a mais falsa, é um momento de dúvida. As pessoas pensam em quem está no poder e no porquê", disse hoje Navalny, que cumpre quase 30 anos de prisão por vários crimes.

O líder opositor considerou que neste momento “a principal missão da oposição e de todos os cidadãos honestos é responder a estas dúvidas com todas as nossas forças”.

"O que é ainda mais importante, apelamos a todos para que utilizem os 100 dias que faltam até a votação para fazer propaganda contra Putin e o seu poder (...) Explicar que Putin, de 71 anos, está no poder há 24 anos e ele não deveria ficar lá por mais seis. Ele prejudica a Rússia. Ele deve partir", declarou.

O Senado russo convocou nesta quinta-feira (7) as eleições presidenciais para 17 de março de 2024, dando assim o sinal de partida para a campanha eleitoral, como explicou a presidente da câmara alta, Valentina Matviyenko.

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Putin, a quem a reforma constitucional de 2020 permite cumprir mais dois mandatos presidenciais de seis anos cada, deverá anunciar sua candidatura à reeleição no dia 14 de dezembro, quando acontecerá sua primeira coletiva de imprensa anual desde o início da guerra na Ucrânia. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]