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O líder opositor Alexei Navalny, durante depoimento por vídeo na audiência na qual a Justiça rejeitou seu recurso contra uma sentença de 19 anos de prisão
O líder opositor Alexei Navalny, durante depoimento por vídeo na audiência na qual a Justiça rejeitou seu recurso contra uma sentença de 19 anos de prisão| Foto: EFE/EPA/MAXIM SHIPENKOV

As autoridades penitenciárias da Rússia impuseram 12 meses de punição em cela especial ao líder opositor Alexei Navalny, um dia depois de a Justiça do país rejeitar um recurso contra a sentença de 19 anos de prisão recebida por ele.

De acordo com um comunicado da equipe de Navalny divulgado nesta quarta-feira (27) no Telegram, ele recebeu a sentença máxima possível, 12 meses.

A cela especial é considerada no sistema penitenciário russo a maior punição para um prisioneiro, independentemente de ser ou não uma detenção de segurança máxima.

Navalny afirmou, segundo sua defesa, que assim que o recurso foi rejeitado ele foi transferido para a comissão de prisão, onde foi punido por ser um prisioneiro “incorrigível”.

“Eu me sinto como um astro do rock exausto, à beira da depressão. Cheguei ao topo das paradas de sucesso e não quero mais nada. Por outro lado, não cheguei ao topo, mas caí no fundo do poço. E lá, como é bem sabido, você sempre pode cair ainda mais”, declarou o líder opositor.

Desde que foi condenado a oito anos de prisão por fraude, Navalny está detido em uma prisão na região de Vladimir, a cerca de 200 quilômetros de Moscou.

Na terça-feira (26), o Tribunal de Apelações da Rússia rejeitou o recurso apresentado por sua defesa e manteve a sentença de 19 anos de prisão por criar uma organização extremista, uma referência ao Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK), fundado em 2011 e banido há dois anos.

Em princípio, com a rejeição do recurso, a nova sentença de 19 anos entra em vigor, e Navalny deve ser transferido para uma prisão de segurança máxima.

O FBK irritou muito o Kremlin porque denunciou o enriquecimento ilícito de funcionários de alto escalão, incluindo o próprio presidente russo, Vladimir Putin, a quem acusou em 2021 de ter um palácio suntuoso às margens do Mar Negro.

Além disso, o fundo também foi acusado de financiar e instigar atividades extremistas, criar uma organização que atentava contra os direitos dos cidadãos e envolver menores de idade em ações perigosas, em referência a manifestações da oposição não autorizadas pelo governo.

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