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Falecido opositor de Putin

Navalny morreu dias antes de ser trocado por checheno condenado por homicídio na Alemanha

Homenagens ao líder opositor russo Alexei Navalny em Londres (Foto: EFE/EPA/TOLGA AKMEN)

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O líder opositor russo Alexei Navalny morreu na prisão dias antes de sua troca pelo checheno Vadim Krasikov, condenado na Alemanha pelo homicídio de um cidadão georgiano, segundo revelou nesta segunda-feira (26) a equipe do ativista político falecido.

“Navalny deveria ter sido libertado em poucos dias, já que havíamos conseguido uma decisão sobre sua troca”, disse Maria Pevchij, colaboradora próxima de Navalny, no Telegram.

Pevchij explicou que, no início de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu a proposta de trocar seu inimigo número um e outros dois cidadãos americanos por Krasikov, que assassinou o georgiano Zelimjan Jangoshvili em Berlim, em agosto de 2019.

“Recebi a confirmação de que as negociações estavam em curso e na sua fase final na tarde de 15 de fevereiro”, destacou, ou seja, um dia antes da morte do opositor.

A opositora ressaltou que os correligionários de Navalny passaram dois anos preparando a troca e acusou as autoridades americanas e alemãs de mostrarem pouca vontade política.

"Por que Navalny foi morto agora? Eles deixaram bem claro para Putin que a única maneira de receber Krasikov é trocá-lo por Navalny. 'Ah, sim?', pensou Putin. ‘Não aceito um Navalny em liberdade. Se eles estão dispostos a trocar Krasikov, então devemos nos livrar do objeto de troca’", ponderou Pevchij.

“E Putin sabe perfeitamente que Alexei Navalny poderia tê-lo vencido, que Navalny é o futuro e ele é o passado (…) Graças a Navalny, Putin ficará na história como um covarde, corrupto e ladrão”, afirmou.

O nome de Krasikov foi citado diversas vezes pela imprensa americana na possível troca de cidadãos russos por americanos como Paul Whelan, condenado a 16 anos por espionagem.

Além disso, durante a recente entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, Putin se referiu a um “patriota” russo, em uma clara referência a Krasikov, como possível objeto de troca pelo jornalista do Evan Gershkovich, do Wall Street Journal.

O atestado de óbito entregue à mãe de Navalny afirma que o líder opositor morreu no dia 16 de fevereiro de “causas naturais” na prisão conhecida como “Lobo Ártico”, no distrito autônomo de Iamália-Nenets.

Esta versão oficial foi rejeitada pelos correligionários do opositor e pela viúva do falecido, Yulia Navalnaya, que acusam o chefe do Kremlin de ordenar o assassinato de seu líder.

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