O Costa Concordia realizava um cruzeiro pelo Mediterrâneo quando encalhou e começou a afundar perto da ilha de Giglio| Foto: Reuters
O choque contra uma rocha provocou um rombo no casco do navio
Mais de 4 mil pessoas foram resgatadas, mas ainda há desaparecidos

Três pessoas morreram e 14 ficaram feridas depois que um navio de cruzeiro encalhou e começou a afundar na costa da Toscana, Itália, na noite da última sexta-feira. A Costa Cruises, empresa operadora da embarcação, afirmou que havia 46 brasileiros a bordo. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que eles já estavam recebendo assistência do consulado em Milão. Não havia, até o fechamento desta edição, informações sobre brasileiros feridos ou desaparecidos no acidente.

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O navio Costa Concordia realizava um cruzeiro de uma semana pelo Mediterrâneo quando se chocou contra uma rocha perto da ilha de Giglio, no litoral oeste da Itália, levando a bordo 4.231 pessoas (incluindo a tripulação de 1 mil integrantes), de diversas nacionalidades. Muitos dos passageiros estavam jantando quando o navio encalhou e, tomados pelo pânico, alguns se jogaram na água gelada.

Luciano Castro, um dos passageiros do Costa Concordia, disse à imprensa italiana que por volta das 21h30 locais (18h30 de sexta-feira em Brasília) "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa". Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.

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Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, denunciou a falta de preparo da tripulação, afirmando que houve problemas quando os botes salva-vidas foram lançados ao mar e que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.

Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes. No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se não havia ninguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos. Até o fechamento desta edição, autoridades italianas falavam em cerca de 70 desaparecidos, que podem ter buscado refúgio na ilha.

O barco havia partido de Savona para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com escalas previstas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari (Itália), Palma de Mallorca, Barcelona (Espanha) e Marselha (França). O Costa Concordia, de 290 metros, tem cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.