Atualizado em 03/02/2006 às 23h34
Cartaz do navio que afundou. Reuters RIO - Um navio de passageiros egípcio naufragou na manhã desta sexta-feira no Mar Vermelho. A embarcação, que seguia de Dubah, na Arábia Saudita, para Safaga, no Egito, transportava oficialmente 104 membros da tripulação e 1.272 passageiros, na maioria trabalhadores e peregrinos egípcios que estavam na cidade sagrada de Meca durante festival religioso. Havia também a bordo 99 sauditas, seis sírios, quatro palestinos e um cidadão de Emirados Árabes Unidos, Omã, Iêmen, Sudão e Canadá.
A embarcação, da empresa El Islam Maritime Transport Co.,estava levando também cinco caminhões e 22 carros. O casco está a cerca de 600 metros de profundidade.
Equipes de resgate recolheram 185 corpos no Mar Vermelho. As equipes de resgate salvaram 314 pessoas. Estados Unidos e Grã-Bretanha enviaram navios que estavam próximos ao local para ajudar nas buscas, mas depois que anoiteceu as esperanças diminuíram.
Soldados fazem barreira para conter familiares dos náufragos, desesperados por notícias. ReutersHá suspeita de que a embarcação estivesse superlotada. O presidente do Egito, Hosni Mubarak, disse acreditar que não havia botes salva-vidas suficientes no navio. Ele pediu urgência na investigação da tragédia.
Soldados fazem barreira para conter familiares dos náufragos, desesperados por notícias. Reuters O navio seria de um modelo que afunda rapidamente caso encha d'água.Soldados fazem barreira para conter familiares dos náufragos, desesperados por notícias. Reuters Se essas portas estão abertas por algum motivo, isso acontece disse Richard Clayton, editor da revista de navegação "Fairplay".
De acordo com o ministro dos Transportes do Egito, Mohamed Mansour, a embarcação, construída em 1970, havia passado por vistoria recentemente. O motivo do naufrágio ainda não foi determinado.
Segundo Mansour, no momento do desaparecimento do navio, o mar estava turbulento e o tempo estava ruim. A embarcação deveria ter chegado às 2h de sexta-feira (22h de quinta em Brasília), acrescentaram.
Estações costeiras não receberam nenhum pedido de SOS da tripulação, segundo a empresa proprietária do Al-Salam 98.
O navio, de bandeira panamenha, pertence ao grupo saudita Al-Blagha Group, que opera hotéis, linhas de cruzeiros turísticos, travessia de passageiros no Mar Vermelho e no Mar Mediterrâneo, empresas de cargas marítimas e administração de portos. Com capacidade registrada para o transporte de 1.300 passageiros, o Al-Salam é um dos maiores navios da frota que atende diariamente pelo menos 15 cidades da costa saudita com travessias que duram de sete a 48 horas. Com as atividades, a Al-Bagha registra uma participação de mais de 85% no transporte de passageiros na região.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais