O capitão de uma embarcação líbia de ajuda humanitária com destino a Gaza rejeitou a exigência de Israel para que aporte no Egito, disseram os organizadores da missão, abrindo caminho para uma nova confrontação ao bloqueio naval imposto por Israel.

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Seis semanas após provocar um protesto mundial pela morte de nove turcos ao invadir uma outra embarcação que tentava chegar ao território palestino governado pelo Hamas, Israel afirmou que mudaria o rumo ou apreenderia o navio de carga Amalthea - rebatizado de "Hope" (esperança) pelos ativistas.

A instituição de caridade presidida pelo filho do líder líbio Muammar Kaddafi, Saif al-Islam Kaddafi, afirmou em um comunicado que um navio militar israelense estava próximo do Almathea, de bandeira moldávia, que saiu da Grécia no sábado para o que normalmente seria uma viagem de três dias para Gaza.

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Em resposta à ordem israelense para seguir ao porto egípcio de El Arish, "o capitão do navio líbio e o diretor da equipe da fundação a bordo reafirmaram que o destino da embarcação é Gaza e não outro lugar", informou a instituição.

Uma porta-voz das Forças Armadas israelenses confirmou que um "processo de identificação e comunicação" com a embarcação, a cerca de 160 quilômetros da costa de Gaza, foi iniciado, mas que o navio não havia sido invadido.

"A Marinha israelense iniciou preparativos e atividade para deter o navio líbio", afirmou ela.

Após a interceptação ocorrida em 31 de maio do navio Mavi Marmara, de bandeira turca, Israel liberalizou o comércio por terra com Gaza, mas manteve o bloqueio naval no que chamou de precaução contra o envio de armas ao Hamas, com quem travou uma guerra no ano passado.

No dia 5 de junho, a Marinha assumiu o comando do navio de ajuda humanitária irlandês Rachel Corrie depois de recusadas as ordens para voltar ou aportar em Israel a fim de que a carga fosse verificada antes da possível transferência para Gaza.

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As críticas internacionais a Israel, lideradas pela ex-aliada Turquia, centralizaram-se na contínua dificuldade imposta aos 1,5 milhão de palestinos de Gaza, muitos dos quais dependem da ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os organizadores da missão do Amalthea afirmam que a embarcação, com 12 tripulantes e 10 ativistas a bordo, leva 2 mil toneladas de alimentos e medicamentos e obedece às regulações internacionais da marinha mercante.