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Egito

Navio naufraga no Mar Vermelho com 1.400 pessoas a bordo

Cairo (AE/AP/ Reuters) – O navio de passageiro e balsa de veículos egípcio Al Salaam Boccacio 98 naufragou ontem de madrugada no Mar Vermelho quando transportava mais de 1.400 pessoas de Duba, na costa saudita, para a cidade de Safaga, ao sul do Cairo. Até o início madrugada de hoje (horário local), várias embarcações e helicópteros que participavam dos esforços de resgate haviam recolhido apenas 290 sobreviventes em botes salva-vidas e 185 corpos. A chance de encontrar pessoas com vida diminuíam rapidamente por causa da baixa temperatura.

A companhia proprietária do navio, a Al Salaam Maritime Transport informou ter resgatado 400 pessoas, mas essa informação não foi confirmada pelas autoridades egípcias.

O número de pessoas a bordo ainda não está claro. A empresa informou que eram 1.272 passageiros e 99 tripulantes. No entanto, o porta-voz da presidência do Egito, Suleiman Awad, afirmou que havia a bordo 1.400 passageiros e – dos quais 1.200 eram egípcios e 99, sauditas – e 98 tripulantes. Havia também mais de 100 pessoas de outras nacionalidades, incluindo sírios, sudaneses e palestinos.

Os passageiros eram na grande maioria egípcios que trabalhavam na Arábia Saudita. O navio também transportava 200 automóveis, 16 caminhões e cinco veículos de transporte de mercadorias. Foi o mais trágico acidente marítimo na história do Egito moderno.

Não está claro ainda o motivo do naufrágio, mas o governo informou que o navio não tinha salva-vidas suficientes para todos os ocupantes, o que agravou a tragédia. A causa mais provável para o afundamento seria o mau tempo na região. Havia fortes ventos e ondas muito altas quando o Al Salaam zarpou de Duba, às 19h30 de quinta-feira. Deveria chegar a Safaga, situada a 180 quilômetros, por volta de 2h30. Pouco depois de partir, porém, o navio desapareceu dos radares e não emitiu nenhum pedido de socorro para as autoridades portuárias. Apenas se sabe que o comandante entrou em contato com o ferry boat Saint Catherine avisando que o navio corria o risco de afundar.

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, ordenou uma investigação urgente, e indicou que houve falhas no serviço de salvamento. Um fato grave foi a recusa inicial das autoridades portuárias egípcias em aceitar a oferta de ajuda da Marinha britânica, que tinha o navio de guerra HMS Bulwark no Mar Vermelho. O HMS Bulwark tinha desviado o rumo para ajudar no socorro e deu meia-volta após a recusa egípcia. Depois, as autoridades egípcias mudaram de idéia e solicitaram ajuda do navio britânico que partiu para a área do naufrágio.

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