O Ministério das Relações Exteriores informou, no no início da noite desta quinta-feira (24), que o navio que vai fazer o resgate de 148 brasileiros está ancorado nas proximidades do porto de Benghazi, na Líbia, e aguarda liberação de um píer para atracar e receber os passageiros.
Segundo o Itamaraty, não há prazo para que o píer seja liberado, uma vez que é grande o número de navios de diversos lugares do mundo tentando resgatar estrangeiros que estão no país.
A embarcação, de bandeira grega, deverá retirar de Benghazi funcionários da construtora Queiroz Galvão, e levá-los para o porto de Pireu, na Grécia. Segundo o Itamaraty, ainda há brasileiros que devem ser retirados de outras cidades da Líbia, mas o ministério não informou quantos são nem onde eles estão.
A cidade de Benghazi, segunda maior da Líbia, foi uma das mais atingidas pelas manifestações contra o governo do ditador Muamar Kadafi. A pista da aeroporto da cidade foi completamente destruída pelos protestos. Segundo o Itamaraty, cerca de 600 brasileiros atuam no país norte-africano.
Resgate de Trípoli
Nesta quinta, um avião com 446 passageiros entre os quais 114 brasileiros pousou em Malta, vindo de Trípoli, capital do país.
Na aeronave, fretada pela construtora Odebrecht, estavam todos os 107 funcionários e familiares brasileiros da companhia na Líbia, além de sete brasileiros funcionários da Petrobras e seus familiares.
Segundo o Itamaraty, ficaram em Trípoli apenas alguns funcionários das empresas, que estão ajudando na retirada de outros funcionários. O ministério não informou números.
Também estavam no avião outros 332 trabalhadores da Odebrecht e seus familiares, de 23 nacionalidades. Permanecem na Líbia 2.749 funcionários da empresa.
Outros dois voos fretados pela construtora, com capacidade para 450 cada, devem chegar a Malta ainda nesta quinta. Um navio com capacidade para 2 mil pessoas saiu da cidade italiana de Palermo, abasteceu em Malta e deve chegar a Trípoli também na tarde desta quinta para resgatar os remanescentes.
Em nota, a companhia informou que todas as pessoas estão sendo abrigadas em hotéis e que a Odebrecht providenciará, em voos fretados e de carreira, a condução de todos aos seus países de origem.