McCain
O senador norte-americano John McCain, do Partido Republicano, participou da manifestação de ontem em Kiev e disse aos participantes que Washington apoia o desejo de todos à integração europeia. "A todos na Ucrânia, a América está com vocês", disse McCain. "O mundo livre está com você, a América está com você, eu estou com você. A Ucrânia fará a Europa melhor e a Europa fará a Ucrânia melhor", discursou.
O comissário de Ampliação europeu, Stefan Füle, assegurou ontem que os trabalhos para estabelecer um acordo de associação entre a União Europeia e a Ucrânia "estão suspensos" e pediu a Kiev um "compromisso claro".
"O avanço das discussões está condicionado a um sinal claro de compromisso. Os trabalhos estão suspensos, não tive resposta por parte do governo ucraniano", afirmou Füle em mensagem no Twitter.
Perante a falta de clareza por parte do governo ucraniano, Füle decidiu suspender os trabalhos que mantinha com o país para tentar encontrar "caminhos" para a assinatura do acordo de associação e livre comércio com os 28 países do bloco. Os trabalhos, que começaram após a ruptura das negociações oficiais para a assinatura do acordo, ficarão paralisados até que Kiev esclareça quais são realmente suas aspirações.
Protesto
Cerca de 200 mil pessoas reuniram-se para protestar ontem contra o governo na praça central de Kiev. Um grupo menor de seguidores do governo, com cerca de 15 mil pessoas, também reuniu-se cerca um quilômetro da Praça da Independência, onde os manifestantes desfavoráveis ao governo estão.
As manifestações contra o governo do presidente Viktor Yanukovych começaram no dia 21, após o anúncio de que não assinaria um aguardado acordo para aprofundar as relações políticas e comerciais da Ucrânia com a União Europeia e, ao invés disso, buscaria focar as relações do país com a Rússia.
Os manifestantes acampados na Praça da Independência levantaram barreiras feitas de neve, endurecidas com água congelada e cravejadas por restos de madeira.
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