![Negociações de paz do governo colombiano com o ELN serão retomadas em novembro O comissário de paz Iván Danilo Rueda cumprimenta líderes do ELN em Caracas, onde foi feito o anúncio de que os diálogos serão reabertos](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/10/04161308/8b338dee6397be2a78711d7b96c2c1dae712649cw-960x540.jpg)
O governo da Colômbia e o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) informaram nesta terça-feira (4) que as negociações de paz entre ambos serão retomadas oficialmente em novembro.
O anúncio foi feito na capital da Venezuela, Caracas, em La Casona, antiga residência presidencial. A ditadura de Nicolás Maduro é um dos países garantidores para os diálogos de paz, além de Cuba e Noruega. As negociações serão nesses três países, mas não foi informado em qual deles será realizada a primeira rodada de conversas.
Segundo informações da rádio colombiana Caracol, estiveram em Caracas nesta terça-feira um dos líderes do ELN, Antonio García, e Pablo Beltrán, chefe da equipe de negociação da guerrilha, e o comissário de paz Iván Danilo Rueda, o senador Iván Cepeda e o bispo Héctor Fabio Henao como líderes da delegação do governo.
Em comunicado lido nesta terça-feira, as partes envolvidas anunciaram “o restabelecimento do processo de diálogo após a primeira semana de novembro de 2022”.
“Para o governo da Colômbia e o ELN, a participação da sociedade neste processo é essencial para mudanças de que a Colômbia precisa para construir a paz”, expressaram.
No domingo (2), o ELN havia anunciado que a sua delegação deixou Cuba, onde suas lideranças estavam desde 2018 para negociações de paz com o governo colombiano, iniciadas durante a gestão de Juan Manuel Santos em 2017, no Equador.
Já no mandato de Iván Duque, em 2019 as negociações foram interrompidas, devido ao ataque do ELN à Escola de Cadetes em Bogotá que deixou 22 mortos e 68 feridos. O atentado levou o governo colombiano a pedir a Cuba que entregasse os negociadores que estavam em Havana, pedido que não foi atendido pela ditatura castrista.
Em agosto, o governo de Gustavo Petro suspendeu as ordens de captura e os pedidos de extradição contra os delegados que estavam na ilha caribenha.
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