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Políticos iraquianos colocaram de lado algumas diferenças e chegaram a um acordo sobre os termos finais de uma declaração proferida ao fim de uma conferência de reconciliação, nesta segunda-feira, apesar das polêmicas finais devido à menção do federalismo iraquiano e à definição de resistência.

Ao fim do encontro de três dias, patrocinado pela Liga Árabe, os políticos presentes concordaram com dar apoio à retirada das forças americanas e britânicas do Iraque criando um cronograma para a formação gradual das Forças Armadas iraquianas.

- Esse é apenas um primeiro passo. Não tivemos sucesso a respeito de todas as diferenças, mas conseguimos afastar muitas delas e chegamos a um consenso - disse o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.

Moussa deu essa declaração em uma entrevista coletiva concedida ao lado de Harith Al Dhari, chefe da Associação do Clérigo Muçulmano do Iraque, que tinha sido contrário à citação do federalismo islâmico no comunicado final, disse o porta-voz da associação.

O órgão, que representa vários milhares de mesquitas sunitas do país, é um dos grupos sunitas mais anti-EUA do Iraque e possui alguns vínculos com a insurgência.

- Uma de nossas reservas era a referência ao federalismo no Iraque. Isso significa que estaríamos validando a Constituição, bem sabido que somos os que boicotaram a Constituição - disse o porta-voz, Mohammed Al Fadhi.

Os sunitas opuseram-se ao federalismo, incorporado à nova Constituição iraquiana, porque o grupo étnico, concentrado nas regiões centrais do país, não terá acesso às áreas petrolíferas, do norte e do sul iraquianos, caso as regiões tenham mais autonomia.

Os delegados concordaram com condenar os ataques contra civis iraquianos, instituições do governo e instalações de petróleo e pediram a libertação de todos os detentos mantidos encarcerados sem terem sido acusados formalmente.

A parte mais polêmica do acordo foi a menção à "resistência", movimento visto por alguns iraquianos como uma luta justa contra os invasores e, por outros, como um fanatismo inútil.

A fórmula aceita por todos os lados estipula: "Apesar de a resistência ser um direito legítimo de todos os povos, o terrorismo não representa a resistência legítima, de forma que condenamos o terrorismo e os atos de violência, assassinatos e seqüestros."

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