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Manifestante permanecia na zona administrativa da cidade de Hong Kong, nesta terça-feira (7) | EFE/Mast Irham
Manifestante permanecia na zona administrativa da cidade de Hong Kong, nesta terça-feira (7)| Foto: EFE/Mast Irham

Manifestantes, que lutam pela democracia em Hong Kong, decidiram, nesta terça-feira (7), iniciar negociações com as autoridades do governo. A primeira rodada de reuniões começa na sexta-feira. Desde o enfrentamento com a polícia, as manifestações perderam força. Nesta manhã, poucos grupos permaneciam nas ruas.

"Nós confirmamos que vamos manter a primeira rodada de reuniões na sexta-feira às 16h (horário de Hong Kong)", afirmou o encarregado do governo de Assuntos Constitucionais e do Continente Lau Kong-wah, após se reunir com alguns líderes estudantis.

Segundo Kong-wah, as negociações irão concentrar-se na base para desenvolvimentos legais e implementações das reformas políticas demandadas pela população. Há oito dias, milhares de pessoas foram às ruas pedir a renúncia de Chun-ying e que a China desse à região autônoma o direito de nomear um candidato próprio nas eleições de 2017.

O subsecretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong Lester Shum confirmou o início dos acordos, mas se disse "enjoado e desiludido" com as possíveis propostas. De acordo com ele, os protestos continuarão até que haja algum avanço em medidas práticas para a população. Ele frisou, ainda, que sua presença foi uma forma de expressar o desejo defendido pelo povo ao governo.

"Qualquer violência ou tentativa de desviar os alunos irão afetar as negociações disse", alegou Shum.

A vida em Hong Kong começou a voltar à normalidade na segunda-feira, com a reabertura das escolas e o retorno ao trabalho de boa parte da população, incluindo 3 mil funcionários públicos que tiveram acesso à sede do governo. No entanto, algumas ruas permaneciam bloqueadas nesta terça, o que levou várias linhas de ônibus a procurar rotas alternativas, engarrafando o trânsito e lotando o metrô.

Hong Kong atravessa a pior crise política desde a devolução à China, em 1997. Apesar de a China concordar em estabelecer o sufrágio universal na próxima eleição ao Executivo do território autônomo em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, uma proposta inaceitável para o movimento pró-democracia.

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