As conversações entre Sudão e Sudão do Sul para solucionar questões nas zonas fronteiriças, ricas em jazidas de petróleo, fracassaram após 10 dias de negociação na sede da União Africana na capital etíope.

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O chefe negociador sul-sudanês, Pagan Amum, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, que as conversas - sobre demarcação da fronteira, dividendos do petróleo e segurança, entre outros - não deram frutos.

"Temos sérios problemas com o governo do Sudão. As negociações fracassaram porque Cartum (Sudão) está criando obstáculos", disse Amum aos jornalistas.

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Antes do comparecimento do negociador sul-sudanês, os representantes do Executivo de Cartum culpavam Juba (Sudão do Sul) pela falta de êxito nos acordos.

Um dos motivos do fracasso foi que ambas as partes reivindicaram a soberania das zonas petrolíferas de Abyei e Heglig onde, no início do ano, os países se enfrentaram constantemente. No entanto, Sudão e Sudão do Sul seguirão as negociações sobre outros assuntos.

O prazo concedido pela União Africana (UA) e a ONU para chegar a um acordo é 2 de agosto. Caso o termo não se cumpra, as entidades ameaçaram pôr em prática medidas coercitivas.

O Sudão do Sul se emancipou em 9 de julho de 2011 após um referendo, realizado com apoio da comunidade internacional, e depois de um conflito bélico com o vizinho do norte que se prolongou durante mais de 20 anos e causou a morte de cerca de 2 milhões de pessoas.

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