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Reator número 3 da planta de energia nuclear Fukushima Daiichi ficou destruído com o desastre que liberou alta radiação por toda a  área. | Kyodo/Reuters
Reator número 3 da planta de energia nuclear Fukushima Daiichi ficou destruído com o desastre que liberou alta radiação por toda a área.| Foto: Kyodo/Reuters

A Tokyo Electric Power Company (Tecpo), empresa responsável por limpar a planta de Fukushima, local do pior desastre nuclear ocorrido desde Chernobyl, admitiu que as tentativas de minimizar o impacto na área não estão funcionando, por conta dos níveis enormes de radiação. Até mesmo robôs construídos especialmente para a tarefa não conseguiram dar conta: a radiação identificada é cerca de sete vezes maior do que o esperado, e as máquinas acabaram se estragando em poucas horas. As informações são do jornal britânico The Independent.

O desastre nuclear de Fukushima, que aconteceu em 2011, foi impulsionado por um terremoto e tsunami que deixou cerca de 18 mil mortos e mais de um milhão de edifícios destruídos. Estima-se que por volta de 600 toneladas de combustível tóxico tenham vazado do reator durante o incidente. Para conter a radiação, a Tecpo, que administra a região remotamente, precisa fazer verificações na área.

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Como os níveis de radiação são muito mais altos do que qualquer humano poderia suportar, os engenheiros estão utilizando robôs construídos especificamente para esse propósito, sendo acoplados a câmeras que possibilitam analisar a escala dos danos. A última tentativa de coletar dados sobre a planta, porém, falhou depois que um robô desenvolvido pela Toshiba para aguentar altos níveis de radiação parou de funcionar cinco vezes mais rápido do que o esperado.

O robô deveria ser capaz de lidar com 73 sieverts de radiação, mas os níveis dentro do reator foram descobertos como 530 sieverts. Uma única dose de um sievert é suficiente para causar enjoo; cinco sieverts podem matar metade das pessoas expostas à essa radiação em um mês, e uma única dose de 10 sieverts é fatal em poucas semanas.

Tentativas

Essa última tentativa da Tepco’s acontece depois de um número muito grande de robôs terem sido danificados desde o início do ano. Durante outra missão o início de fevereiro, por exemplo, o robô enviado parou de funcionar quando o limite suportável de radiação foi atingido em duas horas de exposição. Já se um humano adentrasse a área, morreria em apenas dois minutos, de acordo com dados coletados pelo robô.

Após o desastre, pelo menos 100 mil pessoas que moravam perto da planta tiveram que deixar suas casas. Ainda assim, altos índices de problemas de saúde mental e de casos de stress pós-traumático foram registrados entre a população despejada, segundo o Independent.

Colaborou: Cecília Tümler

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