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Sydney – A evolução e o ambiente, e não só a gula e o sedentarismo, provocaram a pandemia global de obesidade, com um número estimado de 1,5 bilhão de pessoas acima do peso – mais do que o número de desnutridos. A conclusão foi apresentada na palestra de abertura da Conferência Internacional Sobre Obesidade inaugurada ontem, em Sydney, na Austrália.

Tratamentos para a perda de peso têm pouco ou nenhum efeito porque não tratam das influências evolutivas que levam o corpo a conservar energia em períodos de fome", disse Anne-Thea McGill, professora de Saúde Pública na Universidade de Auckland.

Para sobreviver em um ambiente hostil, os primeiros humanos procuravam comida com altos níveis de gordura, amido e açúcares, explica McGill. "Embora não precisemos mais de tanto, estamos programados geneticamente para encontrar alimentos com estas qualidades", enfatiza.

Peixe na lancheira

Na luta contra a obesidade infantil, a Inglaterra decidiu proibir terminantemente os hambúrgueres e salsichas nas cantinas escolares de todo o país. Os inglesinhos terão uma merenda mais saudável, à base de frutas, vegetais e peixe.

Mesmo que os especialistas apontem causas extra-alimentares para o ganho de peso, a dieta balanceada ainda é a maior aliada dos que querem manter a silhueta e viver com saúde.

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