No dia em que a França lembra a Queda da Bastilha, marco da revolução francesa, o presidente Jacques Chirac alertou seus compatriotas nesta quinta-feira que nenhuma nação do mundo está livre de sofrer atentados terroristas como os deflagrados na semana passada em Londres. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o convidado de honra de Chirac para a festa do 14 de julho. Em 2005, a França celebra o "Ano do Brasil".

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O tradicional desfile militar no Champs Elysées, foi marcado por excepcionais medidas de segurança, após os atentados em Londres na semana passada. Cerca de cinco mil policiais patrulhavam a capital durante o desfile.

- Os terroristas têm uma mentaliade e uma psicologia diferente da nossa - disse Chirac.

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- E, por isso, nenhum país do mundo está a salvo de atentados, inclusive a França - disse ele ao ser perguntado se a ameaça terrorista é mais forte nos países que participaram a guerra ao Iraque.

Perguntado sobre se a descoberta de que os terroristas que atacaram o sistema de transporte da capital britânica eram teria levado a França a reforçar suas medidas antiterroristas, Chirac disse que frente a tal ameaça "é preciso adaptar permanentemente os meios de luta".

- É preciso fazer esforços para lutar contra e conter o terrorismo - disse o presidente, após lembrar que a França é um país "considerado um dos mais eficientes por seus serviços de informção".

O presidente francês manifestou mais uma vez "seu profundo sentimento de amizade e solidariedade" com as autoridades e o povo britânico".

A França, assim como os outros 24 países da União Européia, fez dois minutos de silêncio em memória das vítimas dos atentados. Em Paris, as sirenes contra ataques aéreos, instaladas durante a Segunda Guerra Mundial e que soam em todas as primeiras quarta-feiras de cada mês para comprovar seu funcionamento, foram acionadas na hora do início do tributo silencioso.

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