Parentes dos passageiros do voo desaparecido sofrem em hotel em Pequim| Foto: Rolex Dela Pena/EFE/EPA

Cidadãos de 14 países estão no avião desaparecido da Malaysia Airlines

As 239 pessoas que viajam a bordo do avião Boeing 777-200 da Malaysia Airlines que saiu neste sábado de Kuala Lumpur rumo a Pequim, na China, e com o qual contato quando viajava à China, são de 14 nacionalidades informou a companhia aérea em comunicado.

"Os passageiros eram de 14 nacionalidades. A Malaysia Airlines está trabalhando com as autoridades que iniciaram uma operação de busca e resgate para localizar a aeronave", afirmou a companhia aérea.

"Nosso pessoal está, neste momento, entrando em contato com os familiares dos passageiros e a tripulação", acrescentou a nota.

Segundo o comunicado divulgado no site da companhia, o avião transportava 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 pessoas. São 153 chineses - incluída uma criança -, 38 malaios, 12 indonésios, sete australianos, quatro americanos (incluída uma criança), três franceses, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um austríaco, um italiano e um cidadão de Taiwan.

O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur às 13h41 de Brasília da sexta-feira e tinha previsão de chegada a Pequim umas seis horas mais tarde.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, afirmou em entrevista coletiva que "as notícias são muito preocupantes. Esperamos que todo o mundo a bordo esteja são e salvo".

A torre de controle de tráfego aéreo de Subang, na Malásia, perdeu contato com o avião às 15h40 de Brasília da sexta-feira.

O piloto do avião não fez nenhuma comunicação por rádio com as autoridades chinesas, de acordo com a mesma fonte.

Segundo a agência chinesa "Xinghua", o contato com a aeronave foi perdido quando a mesma sobrevoava o Vietnã.

Por sua vez, a companhia americana Boeing, a segundo maior fabricante de aviões do mundo, disse que "acompanha de perto" os relatórios sobre sua aeronave.

O pior incidente do transporte comercial aéreo da Malásia ocorreu no dia 4 de dezembro de 1977, quando um avião da Malaysian Airlines foi sequestrado em pleno voo e as 100 pessoas que estavam a bordo morreram no que provavelmente foi um acidente, pois só foram encontrados os destroços da aeronave.

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Os familiares dos passageiros do voo MH3700 da companhia Malaysia Airlines seguem confinados em um hotel de Pequim e esperam com nervosismo que a companhia aérea lhes relate a situação de seus parentes, por enquanto desaparecidos.

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INFOGRÁFICO: Confira a rota do avião desaparecido

A companhia transferiu os familiares a um hotel situado ao nordeste da capital chinesa do próprio aeroporto no começo da manhã, quando se confirmou que o avião tinha perdido o contato com a torre de controle de tráfego aéreo de Subang.

Em entrevista coletiva no hotel, um porta-voz da companhia aérea, que se limitou a ler um comunicado que a companhia já tinha publicado previamente em seu site e não aceitou perguntas, declarou que os parentes "estão sendo informados da situação o tempo todo".

No entanto, as poucas pessoas que deixaram a sala declararam à imprensa presente que "havia muita desinformação" e que "não sabiam nada" sobre as circunstâncias do desaparecimento do avião e de seus parentes.

Segundo a agência oficial "Xinhua", há 120 familiares no recinto, e um deles assegurou que "nenhum representante da companhia foi a acalmar-lhes ou a dar novidades sobre o que ocorreu".

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Outra familiar, uma mulher de Tianjin cujo marido viajava no avião, se lamentava do ocorrido e assegurava que seu filho pequeno "não pode viver sem pai". Destacou, além disso, que a companhia aérea "somente lhe deu um papel com o comunicado oficial, nada mais".

Na realidade muito poucos dos confinados entraram ou saíram dos salões do hotel, um recinto escoltado por um forte esquema de segurança e centenas de jornalistas, principalmente chineses, a nacionalidade à qual pertence a maioria dos passageiros do voo (153 dos 227).

Além dos cidadãos chineses, a lista oferecida pela Malaysia Airlines indica que o avião leva 38 malaios, sete indonésios, cinco indianos, seis australianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um italiano, um holandês, um taiwanês e um austríaco.

Segundo pôde comprovar a Agência Efe, na entrada do hotel havia várias ambulâncias, assim como grupos de psicólogos que entravam na sala onde permanecem os parentes.

Por outra parte, no aeroporto pequinês, os painéis ainda marcavam que o voo que devia chegar às 6h30 da manhã havia sido "cancelado". No escritório de informação do terminal de chegadas, um quadro negro advertia aos parentes dos passageiros do voo MH370 que se dirigissem diretamente ao citado hotel.

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Quanto às autoridades, o presidente do país, Xi Jinping, ordenou hoje que se iniciem "todos os esforços necessários" nas medidas de emergência relacionadas com o avião desaparecido.

De fato, as autoridades chinesas já mandaram dois navios ao Mar do Sul da China para ajudar nos trabalhos de busca e resgate do avião, com o qual se perdeu o contato enquanto sobrevoava a área de controle aéreo da cidade de Ho Chi Minh, situada no sul do Vietnã.

Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, assegurou que o governo chinês está "muito preocupado" pelo desaparecimento do avião, e expressou seu desejo que "todo o mundo a bordo esteja são e salvo".

À medida que avançam as horas e a companhia não informa novidades, este último desejo parece cada vez mais difícil de tornar-se realidade, embora os parentes e amigos que aguardam boas notícias no hotel pequinês tentem não perder a esperança.

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