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Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão internacional após ataque em Rafah
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão internacional após ataque em Rafah| Foto: EFE/EPA/RONEN ZVULUN

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (27) que a morte de civis na noite deste domingo (26), em um ataque perto de um campo de deslocados em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, foi um "acidente trágico".

“Apesar dos nossos esforços para não feri-los [civis palestinos], houve um acidente trágico. Estamos investigando. Para nós é uma tragédia, para o Hamas é uma estratégia”, afirmou em uma audiência no Knesset (Parlamento israelense) com famílias de reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas.

Ao menos 45 pessoas foram anunciadas como mortas pelo Ministério de Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terroristas, em um ataque israelense à chamada "zona segura" no bairro de Tal al-Sultan, no noroeste de Rafah, onde centenas de pessoas estavam deslocadas em um acampamento.

O Exército afirmou que foi uma "operação de inteligência precisa" com o objetivo de eliminar dois comandantes do Hamas em um prédio na área, embora admita que um incêndio tenha ocorrido depois, resultando em parte das mortes divulgadas.

O advogado-geral militar, major-general Yifat Tomer Yerushalmi, ordenou uma investigação sobre o bombardeio pelo Mecanismo de Investigação e Avaliação do Estado-Maior, um órgão formado por ex-militares, que há um mês investigou o ataque de Israel a um comboio humanitário da ONG World Central Kitchen, no qual sete de seus funcionários, seis deles estrangeiros, foram mortos.

"Antes do ataque, várias medidas foram tomadas para reduzir o risco de danos a civis não envolvidos, incluindo vigilância aérea, uso de munição precisa e inteligência adicional. Com base nessas medidas, foi avaliado que não se esperava nenhum dano aos civis", disse o Exército sobre o ataque da noite passada em Rafah.

Netanyahu participou de uma sessão extraordinária do Knesset a pedido de 40 deputados, o que obriga o primeiro-ministro a comparecer às audiências parlamentares, e também contou nesta segunda com a presença de parentes dos reféns, que exigem um acordo imediato para libertá-los e temem que casos como o ataque em Rafah dificultem as negociações.

"Desde dezembro até agora, recebi cinco pedidos da equipe de negociação para estender seu mandato e aprovei cada um deles", disse Netanyahu às famílias.

O gabinete do primeiro-ministro anunciou na semana passada que havia autorizado a equipe de negociação a retomar o diálogo no Cairo e espera-se que o faça nesta terça (28), embora a liderança do Hamas insista que nenhum acordo é possível até que Israel concorde em acabar com a guerra, ao que Netanyahu se opõe.

"(Yahya) Sinwar - líder do Hamas em Gaza e mentor dos ataques de 7 de outubro - é o único obstáculo", disse o primeiro-ministro.

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