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Netanyahu conversa com Trump e diz que interesses de Israel estão acima de conselhos dos EUA

Netanyahu conversa com Trump e diz que interesses de Israel estão acima de conselhos dos EUA
Trump se encontrou com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, na sua residência no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, em julho deste ano (Foto: EFE/Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel)

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou neste sábado (19) em uma conversa telefônica com o ex-presidente e atual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, que as decisões de Israel serão tomadas com base em seus interesses nacionais, independentemente das recomendações do governo norte-americano. A informação foi confirmada pelo gabinete do premiê neste domingo (20), em meio às tensões crescentes no Oriente Médio.

Netanyahu ressaltou que Israel "leva em consideração as questões levantadas pelo governo dos EUA", mas que, no fim das contas, "as decisões serão tomadas com base nos interesses nacionais" do país. O diálogo ocorre em um momento delicado, onde Israel ainda está avaliando sua resposta militar ao ataque com mísseis do Irã.

Segundo informações da agência Reuters, Trump comentou sobre a ligação durante um evento de campanha na Pensilvânia. O republicano disse que Netanyahu pediu sua opinião sobre como proceder com relação ao Irã, ao que o ex-presidente respondeu: “Eu disse a ele, faça o que você precisa fazer”. O republicano também afirmou que Israel está em uma posição melhor agora do que há alguns meses, graças à postura firme de Netanyahu em não seguir os conselhos do atual presidente dos EUA, Joe Biden. “Se ele [Netanyahu] o escutasse, Israel não estaria nessa posição”, afirmou Trump.

A conversa ocorreu no mesmo dia do ataque com drone, atribuído ao Hezbollah, que mirou neste sábado a residência de Netanyahu em Cesareia, no centro de Israel. Em resposta, o premiê prometeu que os envolvidos "pagarão um alto preço", apontando para o Irã como principal responsável pela tentativa de assassinato. "Qualquer um que tentar ferir os cidadãos do Estado de Israel pagará um alto preço por isso", disse o premiê em suas redes sociais.

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